Com os dois países em crise diplomática, Marrocos e Irã entram em campo pela primeira rodada do grupo B da Copa do Mundo, nesta terça-feira (15) às 12 horas no horário de Brasília em São Petersburgo.

A partida terá será extremamente importante para as duas equipes dentro e fora de campo. Em um grupo com gigantes como Portugal e Espanha, uma possível derrota de uma das seleções pode significar a eliminação precoce.

Fora de campo, a rivalidade esquenta por diversos fatores, um deles é a religião, apesar de todos seres adeptos ao Islamismo, os Marroquinos são majoritariamente da vertente Sunita, enquanto os Iranianos são Xiitas.  Recentemente o Marrocos cortou relações diplomáticas com o Irã, retirando todos os representantes do rival de suas terras. 

Após 20 anos, Marrocos volta a disputar Copa do Mundo

Desde 1998 a Seleção Marroquina não entrava em campo por uma Copa do Mundo, na ocasião os Africanos  terminou em 18º lugar. De lá para cá, diversas gerações não conseguiram classificar a seleção para disputa do Mundial. 

Tendo Benatia como principal jogador, o Marrocos chega ao Mundial da Rússia com uma seleção de "estrangeiros", é o elenco com maior número de jogadores não nascidos no país com apenas seis nascendo no Marrocos. Dos 23 convocados por Hervé Renard, oito deles são franceses, cinco holandeses, dois espanhóis, um belga e um canadense. Os únicos atletas que nasceram no Marrocos são Tagnaouti, Dirar, Banoun, Mendyl, Bouhaddouz e El Kaabi

O treinador Marroquino sabe que a missão não é fácil, mas rechaçou a ideia de apenas participar da competição sem ser competitivo: 

" Não estamos aqui para tirar fotos de monumentos em São Petersburgo. Viemos aqui para competir. Muitas seleções fortes não conseguiram se classificar para Copa. Esse é um sonho que se tornou realidade. Agora que estamos aqui, é aproveitar o momento, não sentir tanto a pressão, confiar no grupo, no trabalho feito e em si mesmo "

Leia Mais: Guia VAVEL Copa do Mundo 2018: Marrocos

Com apoio da torcida, Irã busca sua 2ª vitória em Copas 

A preparação do Irã foi complicada por conta das sanções econômicas que o país vem sofrendo, foi difícil para o conseguir o material esportivo dos jogadores. Mesmo assim a Seleção abriu seu último treino antes da estreia para os torcedores apoiarem. O Irã chega ao seu sexto Mundial tendo ganhado apenas uma partida na história, contra Estados Unidos em 1998.

O Treinador da equipe, Carlos Queiroz não quis saber de favoritismo e jogou a responsabilidade para os outros adversários: 

"Eles têm um grande time, grandes jogadores, estão muito bem preparados. Eles são um dos candidatos a passar de fase, como Espanha e Portugal. Nós admitimos que o Marrocos é favorito como as outras duas. Eles têm o favoritismo, mas não vamos tolerar que alguém diga que nós não somos capazes de vencê-los. Ninguém vai minar as nossas expectativas" 

Leia Mais: Guia VAVEL Copa do Mundo 2018: Irã