Após vencer o segundo jogo contra a Sérvia, a Suíça entra em campo nesta quarta-feira (27) contra a então eliminada Costa Rica, às 15h no horário de Brasília, no Estádio de Níjni Novgorod. A partida marca uma luta dos dois lados, uma vez que os suíços buscam manter a classificação para as oitavas e os costarriquenhos lutam pelo orgulho em uma partida que para eles não vale nada, pois já foram desclassificados.

A seleção da Costa Rica joga sem pressão em cima de seus ombros, e os jogadores dizem que isso é o que os deixam confiantes de uma possível vitória na partida. Por parte da Suíça, a equipe espera um jogo mais pegado, mas sem dúvidas dependem de suas próprias forças para poder garantir a classificação.

Suíços tentam esquecer empate contra o Brasil e seguir em frente rumo à classificação

Os três pontos contra a Sérvia no último jogo levaram a Suíça ao segundo lugar, empatado em pontos, mas ainda atrás do Brasil por saldo de gols, e assim tem mantido a sua posição de segunda favorita do grupo. No jogo contra a Costa Rica, um empate já mantém a sua colocação caso a Sérvia vença do Brasil, mas os jogadores e o técnico buscam a vitória para garantir totalmente a vaga para próxima fase.

O técnico Vladimir Petković fez apenas uma alteração no time que entrou em campo contra a Sérvia, colocando Mario Gavranović no lugar de Haris Seferović e mantendo a formação 4-2-3-1. O volante Gelson Fernandes disse em entrevista que espera um confronto duro, pois a Costa Rica pode jogar buscando uma vitória pela honra.

A equipe tem chances de se classificar como líder no grupo, mas isso não faz com que os suíços entrem em campo tranquilos à espera de um jogo fácil, o elenco precisa fazer um bom jogo e levar os três pontos para poder garantir a primeira posição e se classificar para as oitavas.

"Eles jogarão por orgulho e não vão entregar o jogo, isso é garantido. Eles darão tudo pelo país deles, pelas famílias, para fazer as pessoas da Costa Rica terem orgulho. E também há jogadores que querem mostrar serviço em nome de suas carreiras. Vai ser um jogo difícil, e estamos cientes disso", disse Gelson.

Foto: Johannes Eisele / Getty Images

Ainda na entrevista, o jogador – que esteve presente nas duas edições anteriores do Mundial – falou sobre a força do elenco na Copa. Em 2010 a Suíça foi eliminada na fase de grupos, já em 2014 eles caíram para a Argentina nas oitavas de final.

"Esse time é uma evolução em relação ao primeiro que eu estive envolvido. Temos mais qualidade e mais talento basicamente. Somos um time que começou a ser construído em 2011, e contamos com novos jogadores que vieram nos anos de 2014 e 2015, então ganhamos experiência juntos nesse ponto. Essa é uma das forças da equipe", frisou o volante.

Jogadores da Costa Rica se orgulham por como jogaram contra o Brasil, mas querem manter esse orgulho

Após a derrota contra o Brasil e a eliminação na Copa, era esperado que os jogadores ficassem abalados; mas surpreendentemente o que aconteceu não foi isso. A maior parte do elenco se mostrou orgulhoso por ter conseguido segurar o placar contra o Brasil até os 46 minutos do segundo tempo – algo que era inesperado –, e agora eles buscam manter esse orgulho com uma vitória contra a Suíça.

A equipe da Costa Rica não traz alterações no elenco e vem de novo com o 3-4-2-1, mantendo como titulares os 11 jogadores que enfrentaram o Brasil. O lateral da equipe, Cristian Gamboa, afirma que a seleção joga sem qualquer tipo de pressão por já ter sido eliminada, mas que esse pode ser o fator diferencial para que a equipe consiga reverter à imagem ruim que eles estão levando após a edição anterior da Copa, onde a equipe não perdeu jogos na fase de grupos.

Por mais que seja difícil, a vitória no confronto contra a Suíça vem mais por questão de orgulho para que a equipe não saia da Copa somente com derrotas. "É um jogo difícil, já que a Suíça está na liderança do grupo. Mas nós queremos continuar mostrando o nosso jogo, não há pressão. Nós vamos tentar ganhar, jogar o nosso melhor e é uma questão de orgulho. Queremos conquistar três pontos para nós e para a Costa Rica", disse Cristian.

Ainda em entrevista, Gamboa disse que a grande diferença desse mundial para o de 2014 foi que – diferente da edição anterior – a equipe começou perdendo na fase de grupos, e isso não trouxe confiança para os jogadores.

"Se você ganhar jogos na Copa do Mundo você ganha confiança. No Brasil começamos vencendo, marcamos três gols e vencemos o Uruguai. Aquilo que aconteceu foi um sonho e essa foi a melhor coisa em nossas carreiras. Essa é a diferença entre os dois eventos, os nossos resultados", frisou o jogador.

Foto: Johannes Eisele / Getty Images

Um jogador que pode ser crucial para uma possível vitória sobre a Suíça é Yeltsin Tejeda, volante que atua no time suíço Laussane e além de conhecer bem o adversário, sabe quais são os principais jogadores do elenco. Em entrevista o jogador afirmou que ficou muito feliz por cair no grupo da Suíça.

"Tendo vivido na Suíça desde antes do sorteio dos grupos você acompanha a seleção nacional assim como seus companheiros, e fica sabendo quais jogadores vestem a camisa dos principais clubes da Europa. Quando ficamos no mesmo grupo da Suíça eu fiquei muito feliz porque sabia que poderia brincar com meus amigos sobre a possibilidade de vencer ou perder. Agora que temos essa partida pela frente, nós temos que dar o nosso máximo", disse o jogador.

Ainda na entrevista, o volante afirmou que a equipe já começou a pensar na Copa de 2022. "Nós vimos o que aconteceu nesta Copa do Mundo, e já estamos iniciando os trabalhos agora. Acredito que esse será o primeiro jogo de preparação para 2022. Temos que mostrar que já estamos pensando nisso", finalizou Yeltsin.