Segundo informações provenientes da equipe de esportes da Deutsche Welle, a Alemanha está enfrentando a quarta onda da Covid-19. Mesmo com dois terços da população vacinada o país chegou à marca de 50.196 novos casos de infecção pela doença na terça-feira (21), atingindo o maior número desde o início da pandemia. É a primeira vez que os alemães enfrentam uma grande onda apesar da maioria da população ter recebido a segunda dose.

Cerca de 67% dos habitantes estão completamente vacinados. No entanto, especialistas alertaram que o número não é suficiente para manter o vírus sob controle.

Nossa taxa de vacinação ainda está abaixo de 75% da população. Associado com a falta de restrições, isto está permitindo que o vírus se espalhe quase que exclusivamente entre os não vacinados”, disse a Dra. Christine Falk, presidente da Sociedade Alemã de Imunologia.

Em comparação com o início de 2021, o país relaxou as medidas de distanciamento social.

Cerca de um ano atrás, o governo instaurou restrições drásticas para conter o avanço da pandemia: todas as atividades consideradas não essenciais foram barradas e um toque de recolher foi imposto no período noturno. Em conjunto com a vacina, estas medidas auxiliaram a diminuir a incidência de casos no país.

Atualmente, os cidadãos da Alemanha enfrentam regras menos rígidas: eles devem utilizar máscaras médicas no transporte público e em lojas. Além disso, alguns locais só permitem a entrada daqueles que foram devidamente testados, vacinados ou já se recuperaram da doença.

Assim como a Alemanha, outros países do continente europeu sofrem com o aumento das taxas de infecções. Áustria, Bélgica e Países Baixos enfrentam a Ômicron, variante que segundo Lothar Wieler, chefe do Instituto Robert Koch, agência governamental alemã para a prevenção e controle de doenças, deve se tornar predominante na Alemanha ainda em janeiro.

Em complemento, a Dra. Falk reconhece a dificuldade de combater a nova variante e reforça a importância do incentivo à vacina para todos os cidadãos.

Se não aumentarmos a taxa de vacinação urgentemente, ficará difícil controlar a situação. As vacinas são a melhor coisa que podia ter acontecido, mas ainda há pessoas que insistem em recusar.”

Como fica o futebol no país?

As consequências da ômicron atingiram também os esportes. Visando reduzir e evitar o contágio da variante, os políticos decidiram, nesta terça-feira (21), optar pela ausência de espectadores em grandes eventos a partir do dia 28 de dezembro.

Grandes eventos não irão ocorrer com a presença do público, isto se aplica, particularmente, a partidas de futebol”, disse o chanceler Oliver Scholz.

De forma gradual, a Bundesliga e demais divisões do futebol alemão retomaram a presença de público nos estádios. No início do ano, os clubes jogaram sem torcida e, com o aval do governo conseguiram a liberação dos fãs de forma limitada ao longo de 2021. No entanto, com a nova onda iminente, a presença dos torcedores terá de retornar à estaca zero.

A Liga Alemã de Futebol (DFL) demonstrou apoio a decisão e apoio a vacinação

É claro que a proteção geral da saúde e o alívio dos sistemas de saúde têm prioridade máxima, especialmente tendo em vista as avaliações atuais do Governo Federal e seus especialistas sobre a possível disseminação da variante Omikron”, diz uma breve declaração da DFL.

As restrições temporárias impostas pelos governos federal e estadual aos espectadores em grandes eventos são lamentáveis, mas compreensíveis - mesmo que todos esperássemos até recentemente que não teríamos mais jogos sem torcida nos estádios. A DFL clama de novo e urgentemente: Se vacine o mais rápido possível ou renove sua vacina!"

Em termos financeiros, o dirigente do KölnAlexander Wehrle estima uma perda de 1,8 milhões de euros por partida.

Com o retorno definido para 7 de janeiro, a Bundesliga terá como abertura da segunda metade da competição a partida entre Bayern de Munique e Borussia Mönchengladbach. A segunda e terceira divisão retornam no dia 14 de janeiro.

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