Na tarde desta segunda-feira (13), a Seleção Italiana entrou em campo para decidir seu destino em 2018. Precisando vencer a Suécia por dois gols de diferença para ir ao Mundial no próximo ano, a Azzurra contou com o apoio de mais de 72 mil italianos nas arquibancadas do Estádio San Siro, em Milão.

Apesar do enorme apoio de sua torcida, a Itália, bastante modificada com relação à equipe que entrou em campo no duelo de ida, pressionou demais em busca da vitória, mas não foi capaz de superar um adversário muito sólido e bem postado. Em um jogo nervoso e com polêmicas de arbitragem, o 0 a 0 permaneceu até o apito final.

Com o placar agregado de 1 a 0 a favor da Suécia, a seleção escandinava cravou sua classificação para a Copa do Mundo de 2018. A vaga conquistada, bastante comemorada pelos jogadores suecos e pela comissão técnica, pôs fim à seca recente dos suecos, que não iam ao Mundial desde 2006.

A Itália, por sua vez, é o único campeão mundial que não estará na Rússia no ano que vem. A Azzurra não ficava de fora de uma Copa do Mundo desde o ano de 1958.

Arbitragem polêmica na primeira etapa

(Foto: Nills Petter Nilsson/Getty Images)

Precisando vencer a todo custo, os italianos foram pra cima. A primeira chegada foi aos 5', mas a finalização de média distância de Florenzi não levou perigo. Aos 8', Parolo recebeu dentro da área, dividiu com o zagueiro e caiu, reclamando pênalti. Aos 11', foi a vez dos suecos pedirem penalidade, após Darmian tocar a mão na bola. Lahoz mandou o jogo seguir nos dois lances. Aos 13', Immobile recebeu na referência, tentou tirar de Olsen, mas perdeu o ângulo e viu sua finalização beijar a rede pelo lado de fora.

Apesar da vantagem construída no jogo de ida, a Suécia não abria mão de atacar. Aos 23', Buffon foi testado pela primeira vez, mas fez boa defesa após finalização de Claesson. Quatro minutos depois, a melhor chance da primeira etapa. Jorginho lançou Immobile pela esquerda, o centroavante cruzou rasteiro e a bola caiu nos pés de Candreva. O meia fuzilou pro gol e a bola passou raspando o travessão de Olsen.

Aos 29', Forsberg reivindicou nova penalidade, após Barzagli mudar a trajetória da bola com o braço dentro da área. Mais uma vez, o árbitro da partida mandou o jogo seguir. A partida ficou morna, com os suecos controlando bem o ímpeto italiano. Os donos da casa só voltaram a assustar aos 39', quando Jorginho, o destaque da primeira etapa, descolou belo lançamento para Immobile, mas o atacante parou em grande defesa de Olsen.

A chance animou a Azzurra, que passou a pressionar. Aos 41', Parolo arriscou da entrada da grande área, mas a bola subiu demais. Aos 44', Florenzi fez bela jogada individual pelo lado esquerdo de ataque, invadiu a área e arriscou finalização rasteira, mas Olsen brilhou novamente, desta vez com os pés.

Itália sufoca, Suécia se segura bravamente

(Foto: Valerio Pennicino/Getty Images)

A Itália voltou para o segundo tempo sem modificações, mas com uma postura mais agressiva. Aos 7', a torcida italiana no San Siro quase comemorou o primeiro gol, após Parolo, com um belo voleio, tirar tinta da trave esquerda do goleiro sueco. Aos 13', Immobile fez boa jogada pelo lado direito de ataque, invadiu a área e rolou para Chiellini, que fechava na altura da meia-lua. O zagueiro finalizou mascado, e Olsen defendeu com tranquilidade.

A Suécia se resumia a defender e buscar um contra-ataque para matar a repescagem. Aos 15', Candreva fez jogada individual, limpou a marcação e finalizou de fora da área. A bola foi desviada pela defesa e passou raspando a trave. A pressão dos donos da casa só aumentava, e Ventura, partindo pro tudo ou nada, colocou El Shaarawy e Belotti em campo. Aos 18', Immobile conseguiu desviar bom cruzamento de Candreva, mas a bola passou ao la

Aos 21', a Itália quase abriu o marcador em uma infelicidade de Lustig. O sueco tentou afastar cruzamento de Florenzi, mas o desvio saiu contra a própria meta e quase surpreendeu Olsen. A bola explodiu no travessão e saiu em escanteio. A medida que o tempo passava, o jogo foi ficando mais dramático para os italianos. O nervosismo passou a tomar conta dos jogadores da casa, que precipitavam ataques e afobavam finalizações de longa distância.

O grande lance da segunda etapa aconteceu aos 42', quando El Shaarawy disparou chute potente de dentro da área. Olsen, o nome do jogo, fez novo milagre, espalmando para escanteio. Nos minutos finais, os zagueiros italianos foram pro ataque e os donos da casa tentaram inúmeros cruzamentos, todas neutralizados pela defesa sueca. 

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Sobre o autor
Nathália Almeida
Carioca e historiadora. Apaixonada por esportes e fã de Roger Federer.