Atlético-MG e Corinthians se preparam para o confronto que pode deixar indefinido ou, praticamente, encerrar a disputa pelo título da Série A do Campeonato Brasileiro 2015. Em 1990, os dois times estiveram frente a frente em um importante embate visando chegar às semifinais do Brasileiro, que adotava o sistema de mata-mata, e os alvinegros paulistas acabaram levando a melhor ao empatar o jogo da volta por 0 a 0 com o Galo, no Mineirão, em Belo Horizonte, Minas Gerais.

Os dois times haviam se enfrentado no dia 24 de novembro de 1990 no estádio do Pacaembu, em São Paulo, em duelo válido pela ida das quartas de finais. O confronto foi preponderante para os donos da casa, que venceram por 2 a 1, com os gols sendo marcado por Neto. Gérson descontou para os mineiros. O embate da volta aconteceu no dia 2 de dezembro do mesmo ano. A VAVEL Brasil relembra para você, neste especial, todos os detalhes deste jogo.

Timão surpreende com postura ofensiva, anula ataque atleticano, mas não consegue abrir o placar

O Corinthians não quis saber de entrar em campo com uma postura defensiva. O técnico Nelsinho Baptista, que não contava com Neto por conta de uma suspensão oriunda de um terceiro cartão amarelo, montou um time para surpreender o Galo, atuando de maneira ofensiva. E acabou conseguindo, pois travou o adversário no meio-campo e viu seus comandados construírem as melhores oportunidades na primeira etapa.

O Atlético-MG pouco conseguiu criar na etapa inicial. A equipe treinada por Arthur Bernardes tinha dificuldade para superar a forte marcação adversária no meio-campo, principalmente. A melhor chance atleticana aconteceu aos cinco minutos, mas em jogada de bola parada. Gilberto Costa cobrou uma falta chutando forte e assustando Ronaldo. Depois, em outro lance que poderia ter sido melhor aproveitado pelo Galo, Gérson cabeceou fraco e o goleiro rival defendeu.

Bastante acionado, o lateral-direito Giba tinha uma postura satisfatória quando chegava ao setor ofensivo. Dos pés deles foram que iniciaram as duas jogadas mais perigosas da etapa. Aos 27 minutos ele avançou bem pela direita, cruzou e viu Mauro tirar do alcance do goleiro Carlos, mas os corintianos foram impedidos de comemorar o tento por conta de Toninho Carlos, que desviou a bola no momento certo. Outra oportunidade foi criada pelo lateral aos 32 minutos, quando ele fez o cruzamento, o arqueiro afastou e Mauro desperdiçou o rebote.

Galo parte para o ataque, mas paulistas conseguem segurar resultado

Não restava outra opção para o Galo a não ser partir em busca de um gol para avançar na competição nacional. Os alvinegros, então, adotaram uma postura ofensiva na etapa final. O técnico Arthur Bernardes resolveu explorar as costas do lateral-direito Giba, que estava subindo bastante ao setor ofensivo. Assim, ele deslocou o ponta-direita Marquinhos para o setor esquerdo.

A alteração atleticana surtiu efeito, mas não foi fundamental para o objetivo que era balançar as redes. Marquinhos foi o responsável pelas melhores jogadas dos alvinegros, pois sempre encontrava liberdade quando Giba partia para o ataque e a cobertura defensiva corintiana não acontecia. Apesar dos lances criados, o setor ofensivo do Galo não estava em um bom dia e os atacantes Gérson e Éder Aleixo não souberam aproveitar as chances.

Com oportunidades desperdiçadas e o tempo se aproximando do fim, o Corinthians foi tendo o lado psicológico a seu favor. Os mineiros foram perdendo a cabeça e fazendo algumas faltas duras, que renderam cartões amarelos para Éder e Da Matta. Controlando o resultado, o Timão garantiu o empate e a ida às semifinais, na qual fizeram um confronto de ida e volta com o Bahia.