Neste sábado (23), às 23h15 (Horário de Brasília), Palmeiras e Nacional do Uruguai, dois grandes rivais continentais, decidirão o título da Copa Antel, que instantes mais cedo contará com a decisão do terceiro lugar entre Libertad e Peñarol. A finalíssima está marcado para o mítico estádio Centenário, em Montevidéu, capital uruguaia.

Para chegar até a final os brasileiros derrotaram os paraguaios do Libertad por 2 a 0 com gols de Allione e Moisés. O primeiro tempo da partida foi bem morno, com pouca movimentação por parte das duas equipes. Entretanto, os jogadores que vieram do banco alviverde deram boa dinâmica e o Verdão conseguiu construir importante resultado, com destaque para o rápido atacante Erick.

Já o rival palmeirense na decisão teve pela frente o grande clássico do país e conseguiu se sair muito bem. Semelhante à disputa do clube paulista, a etapa inicial foi morna, mas a segunda correspondeu e o Decano conseguiu vencer o Peñarol por 3 a 1 com gols de Fernández, Romero e López. Fucile fez contra, anotando o único gol dos Aurinegros.

Oponentes tradicionais, principalmente por causa dos embates na década de 1970 pela Copa Libertadores, Palmeiras e Nacional já se enfrentaram por 14 vezes, decidindo inclusive semifinais do torneio continental em 1971. Ao todo, são cinco vitórias verde e brancas contra cinco dos bolsilludos, além de quatro empates. O último encontro terminou em 0 a 0 no mesmo Centenário em 2009. O resultado garantiu os uruguaios na semifinal do maior campeonato da América do Sul.

Mesmo com vitória em clássico, técnico quer melhora

O treinador Gustavo Munúa expressou a grande felicidade ao sair de campo vencendo seu maior rival por 3 a 1. O resultado foi tão impactante que o técnico Pablo Bengoechea, do Peñarol, acabou demitido.  Mesmo com a boa partida, o comandante do Nacional reconheceu que a equipe precisa melhorar para vencer a Copa Antel.

"Sem dúvidas que uma vitória em clássico sempre é importante, ainda mais tendo em conta a etapa em que estamos. Os jogadores interpretáram a partida como havíamos estabelecido e isso me deixou muito contente, mas sou sabedor de que isto recém começa e temos que seguir melhorando", avisou.

Entretanto, Munúa é profundo conhecedor da qualidade do Palmeiras e justamente por isso, quer aproveitar a oportunidade para aprender mais sobre a forma de jogar do clube brasileiro, já que se enfrentaram nesta temporada pela Copa Libertadores, mas comentou também a força de seus atacantes.

"É um rival do grupo e é muito bom para nós jogar contra eles. Obviamente estamos olhando o que vamos enfrentar, mas também é importante o que vamos desenvolvendo como equipe. Isso é importante (poder ofensivo). Qualquer um pode balançar as redes porque há várias chegadas à área rival e por isso estou muito satisfeito", concluiu.

Uma curiosidade sobre o plantel do Decano é a presença de Mauricio Victorino. O zagueiro chegou jogar pelo Verdão em 2014, mas devido às lesões e recondicionamento físico, pouco atuou e ainda foi aplaudido ironicamente pela torcida no jogo contra Fiorentina, por finalmente estar em campo.

Marcelo Oliveira reencontra equipe pela qual atuou

Sem dúvida nenhuma, além de um grande teste no início de temporada para o Alviverde, a partida contra o Nacional será muito especial para o técnico Marcelo Oliveira. Isso porque o atual chefe palestrino atuou pelo time uruguaio na década de 1980. Em entrevista antes da decisão, ele comentou sobre os tempos em que passou pelo Rey de Copas

"Fiquei lá até 83. Tínhamos um time muito bom, era a base da seleção uruguaia, juntamente com o Peñarol. Tínhamos vários jogadores do time que tinha sido campeão mundial pouco tempo antes (em 80, derrotando o Nottingham Forest, da Inglaterra). O Nacional tem uma grande tradição, uma bela torcida" relembrou.

Se a competição no Uruguai tem trazido boa lembranças para Oliveira, também tem deixado os novos reforços do Palmeiras muito felizes, principalmente o atacante Erick, que aproveitou a oportunidade que teve diante do Libertad, colocando fogo na partida. Sobre a titularidade, o garoto foi humilde, ressaltando que pretende ajudar a equipe da melhor forma possível, independente de uma vaga entre os 11 iniciais.

"Aquele clima de jogo pegado, porrada de um lado, porrada de outro. Libertadores é isso aí. Conquistar título é sempre importante. Eu quero ajudar da melhor maneira possível, com assistência, gol ou fora do campo. Seja Erik, Alecsandro, Rafael Marques... O que importa é o Palmeiras sair vitorioso" comentou.