Com o fim dos estaduais, dá-se início ao disputado Campeonato Brasileiro, e as espectativas dos times participantes aumentam a cada dia em que a data de início da competição se aproxima. E com o Coritiba não é diferente, apostando em jogadores "bons e baratos", como no ano passado, a equipe de Gilson Kleina deseja fazer uma campanha oposta à edição passada; onde por pouco não foi rebaixada para a segunda divisão, escapando por boas atuações nas últimas rodadas.

A equipe tem por base o time da temporada 2015, e com poucos jogadores de referência, acredita que um bom empenho dos atletas do atual plantel, sejam o suficiente para livrar o clube de mais um transtorno no campeonato. Mas, é de conhecimento entre treinador e diretoria, que a equipe necessita de reforços pontuais se quiser um lugar ao sol na tabela. 

Apesar da simplicidade do time, o Alto da Glória vinha com números expressivos para a final do Campeonato Paranaense. Com o maior saldo de gols (37), defesa menos vazada (apenas 11 gols, em 15 partidas), e número de vitórias (10); os comandados de Kleina tinham motivos suficientes para chegar confiante na decisão. A boa fase tinha nome e um grande saldo de gols, Kléber Gladiador. Artilheiro da equipe, e do campeonato com 13 gols marcados em 11 partidas, o atacante era uma das armas do Coritiba para levantar a taça. 

E não muito diferente do habitual, Coritiba e Atlético-PR se encontraram em uma final de campeonato estadual. No primeiro jogo da decisão, o Coxa saiu em desvantagem; jogando na Arena da Baixada, com gols de Thiago Heleno, Ewandro e Hernani, o Furacão surpreendeu e saiu com a vitória. 

Usando a derrota como exemplo, o artilheiro da equipe no estadual, e um dos principais jogadores, Kléber Gladiador enfatizou a importância em disputar o Campeonato Brasileiro, considerado por ele, maior e mais difícil que o Paranaense."Vem uma competição que é muito maior, muito mais difícil. Contra times grandes da Série A não podemos errar como erramos senão vamos perder. Isso tem que estar na cabeça de cada um para não sofrermos no Brasileiro como no ano passado”- disse o atacante.

Com o apoio da torcida, que abraçou a equipe e compareceu em peso, o Coritiba apostou a campanha, e na história do confronto no estadual (já que o adversário conquistou seu último título em 2009), para sagrar-se campeão. Com a casa lotada, o Coxa viu seu pior pesadelo se tornar realidade na noite deste domingo (8). Com gols de Walter e Ewandro, o Atlético-PR decretou no Couto Pereira, mais um título para sua galeria, e melhor, dentro do estádio de seu maior rival; fato que não acontecia desde 1990. 

Ao fim da amarga derrota, um ponto foi destacado por um dos jogadores do Alviverde, Alan Santos citou a recente e emocionante conquista do time inglês Leicester como exemplo. "É uma hora triste, não conseguimos atingir nosso objetivo. Não podemos lamentar muito também. Se tivéssemos sido campeões não dava para comemorar muito. É ruim começar o ano perdendo uma decisão. Essa torcida me emocionou muito, e daqui para frente vamos pegar o exemplo do Leiscester. Eles estavam brigando para cair ano passado, a mesma coisa que a gente"- analisou o volante em entrevista à RPC. 

Time com jogadores sem nome, ou regulares, não são sinônimos de um time ruim, isso, quando a equipe tem força de vontade e empenho, seja quem for o adversário. Exemplo do próprio Coritiba, que apesar de perder o título, chegou merecidamente à final. Com a compra de reforços e um bom futebol, o Coxa pode surpreender no Campeonato Brasileiro. Sua primeira missão é no próximo sábado (14), diante do Cruzeiro, às 21h, no Couto Pereira. 

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