O Santos conquistou a classificação diante do Vasco, na noite desta quarta-feira (21), em São Januário. Após noventa minutos muito disputados, com os mandantes, de fato, partindo para cima, os paulistas conseguiram controlar o jogo no fim e empataram, depois de terem saído na frente e sofrido a virada. Vascaínos reclamaram muito – e com razão – do lance do gol de empate santista, já que, no ataque, o jovem lateral Alan sofreu empurrão claro de Lucas Lima, resultando no contra-ataque que originou o gol, com Joel recebendo em posição de impedimento e cruzando para a área. No fim, vários objetos foram arremessados na direção do trio de arbitragem, podendo resultar em punições para o Vasco.

O adversário dos santistas nas Quartas de Finais da Copa do Brasil 2016 será conhecido na próxima sexta-feira (23), em cerimônia marcada para a sede da entidade máxima do futebol no Brasil, a CBF, na Barra da Tijuca. Não havendo qualquer restrição quanto a confrontos, todos os clubes serão colocados no mesmo pote de sorteio, onde serão definidos também, as datas e os locais dos confrontos.

Garantido nas Quartas, o Peixe volta as atenções, agora, para a disputa por vaga no G-4 da Série A. No próximo sábado (24), o alvinegro praiano vai à Ilha do Retiro, onde enfrenta o Sport, às 18h30, pela 27ª rodada do Brasileirão. Já o Vasco, permanece no Rio, onde terá compromisso diante do vice-líder Atlético-GO, também pela 27ª rodada, mas da Série B.

Santos sai na frente, mas Vasco empata e joga melhor na primeira etapa

Precisando de dois gols, sem sofrer nenhum, o Vasco começou o jogo como deveria, pressionando o Santos contra a parede e buscando o gol. Com bolas alçadas na área de Vanderlei a todo momento, os mandantes ensaiavam uma verdadeira blitz ofensiva, já com menos de cinco minutos no placar.

Do outro lado, o Santos, pensando no regulamento, se fechava, se desfazendo da bola com chutões na direção do ataque com a intenção de afastar qualquer perigo. E a vida santista começou a ficar mais fácil logo aos dez minutos, após desentendimento nas posições entre Andrezinho e Julio Cesar, que ficou esperando a bola do meia, Tiago Maia foi mais esperto e levou ao fundo, cruzando para Copete, livre, abrir o placar em São Januário.

Todos em São Januário temiam que um gol do Santos pudesse desanimar os jogadores e torcedores vascaínos, mas o que se viu foi o extremo oposto. Logo após o balde de água fria, os vascaínos se reorganizaram e partiram para cima, da mesma forma que nos primeiros minutos, com muita entrega e bastante vontade, tentando equilibrar a diferença técnica entre os dois plantéis.

Aos 24’, após ótima jogada de Júnior Dutra pela direita de ataque do Vasco, Nenê aproveitou o cruzamento e bateu de voleio, colocando a igualdade no placar e levando São Januário ao delírio. Aos gritos de “time da virada”, como num passe de mágica, o Vasco conseguiu se tornar ainda mais ofensivo e, três minutos depois, novamente Dutra, pela direita, aproveitou sobra de bola da defesa e chutou firme, Vanderlei só pôde olhar a bola passar raspando a trave direita e indo para fora, para a lamentação dos jogadores e vascaínos.

À medida que os minutos passavam, o Vasco se aproximava ainda mais do gol da virada ainda na primeira etapa, como aos 40’, quando Nenê, em lance de extrema classe, driblou dois adversários e rolou para Yago Pikachu chutar forte, mas a bola, caprichosamente, beijou a lateral externa da rede, mantendo a igualdade no placar no fim da primeira etapa.

Arbitragem erra, prejudica Vasco no segundo tempo e Santos garante classificação

Diferentemente da primeira metade do jogo, o Santos voltou para o segundo tempo com uma estratégia mais bem pensada. Buscando manter a bola em posse, deixando o Vasco correr atrás dela e fazendo então, com que o tempo passasse, os alvinegros começaram a metade complementar de jogo com mais sobriedade. Mas, este panorama só durou até os 10 minutos, quando os mandantes voltaram a assumir papel de liderança no confronto e mandaram novamente os adversários para seu próprio campo.

Com as alterações promovidas por Jorginho, o Vasco se tornou ainda mais ofensivo, agora, com Pikachu caindo pela ponta esquerda. Pelo meio, os volantes santistas tentavam segurar as jogadas criadas por Andrezinho e Nenê, mas a todo momento a bola rondava a área perigosa defendida por Vanderlei. Os visitantes, em raras, mas perigosas ocasiões, chegavam no ataque, e a defesa vascaína, mostrando certa variabilidade de atuação, cortava com facilidade em algumas oportunidades, mas também cometia erros em outras, deixando o Caldeirão Vascaíno em silencio.

Aos 23’, Douglas cometeu um erro defensivo que quase resultou no gol do Santos, mas por preciosismo de seus atacantes, o Clube da Vila não matou, ali, o jogo. No contragolpe, Nenê cruzou da esquerda ofensiva para Thalles, que ajeitou de cabeça e Ederson, com puro oportunismo, entrou de carrinho, para tocar por baixo de Vanderlei a virar o placar na Colina. Dorival e todo o banco do Santos não acreditavam no que acontecia bem na frente de seus olhos. Após chance perdida, o adversário marcava e ficava agora, a um gol de levar a decisão para os pênaltis.

Aos 30 minutos de jogo, um lance incrivelmente inacreditável calou São Januário. Após lançamento primoroso, de primeira, de Nenê, Pikachu, também com um toque, mandou para o meio, nos pés de Ederson, cara a cara com o arqueiro do Peixe. Mas em lance de extrema infelicidade, o atacante vascaíno tocou pelo lado, desperdiçando o que seria o terceiro gol vascaíno.

Seis minutos depois, o lance mais reclamado da partida. Após sucessão de ataques do Cruzmaltino, uma bola ficou pendurada na entrada da área, o jovem lateral esquerdo Alan, se posicionou para fazer o domínio, Lucas Lima, por trás, tentando ganhar a bola, empurrou o jogador do Vasco, na frente do árbitro Jean Pierre que, erradamente, nada assinalou. No contra-ataque rápido, Joel, impedido, cruza para Lucas Lima, também a frente, Rodrigo estica-se para tentar cortar a bola, mas acaba acidentalmente mandando contra a própria meta, empatando o jogo para o Santos e acabando com qualquer chance vascaína de classificação.