Fluminense e Internacional disputarão mais uma partida que entrará para a história do confronto. Neste domingo (11), no estádio Giulite Coutinho, no Rio de Janeiro, as equipes se enfrentarão pela 38ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2016, no que pode ser a partida que decretará o rebaixamento do Colorado para a segunda divisão.

Em 1992, Fluminense e Internacional se enfrentaram pela final da Copa do Brasil. Após vencer o jogo de ida por 2 a 1, em Laranjeiras, no Rio de Janeiro, a decisão caminhou para o Beira-Rio, em Porto Alegre. O Colorado precisava vencer pelo placar mínimo e a partida aproximava-se do fim sem gols, quando aos 43 minutos do segundo tempo o árbitro José Aparecido de Oliveira marcou um pênalti inexistente. Célio Silva converteu a cobrança e garantiu o título.

O polêmico lance

Com a vantagem do empate, o Fluminense foi ao Beira-Rio apenas para se defender e tentar decidir o jogo no contra-ataque. O jogo aproximava-se do fim e o placar estava zerado, o que garantia o título para o Tricolor. A equipe do técnico Sérgio Cosme cumpria bem seu objetivo até os 41 minutos.

"Aqui no Beira-Rio, eles simplesmente não queriam jogar. Fizeram cera o jogo todo. Quando sofriam faltas, demoravam um minuto no chão", frisou Pinga.

O árbitro José Aparecido de Oliveira marcou falta para o Internacional aos 41 minutos. Luciano cobrou direto para a área e a bola foi na direção do zagueiro Pinga, que era marcado de perto por Souza. O jogador colorado, atento com a marcação do tricolor, aproveitou o momento e se atirou na área. Para a felicidade dos 45 mil presentes no Beira-Rio, o árbitro paulista marcou o pênalti.

"O Luciano bateu a falta, e eu tentei dominar a bola. Ela acabou escapulindo, e eu estava perdendo o ângulo do chute. Aí percebi a marcação de um jogador do Flu. Houve um raspão, mas que não era o suficiente para me derrubar. Só que aí eu me atirei, e o árbitro acabou marcando", admitiu Pinga em entrevista ao Jornal Lance, de 7 de junho de 2005, página 7.

Sem o artilheiro e cobrador oficial, Gerson, Célio Silva assumiu a responsabilidade e cobrou o pênalti. O sexto cobrador do Colorado soltou a bomba no meio do gol e garantiu o título do Internacional, tirando o clube da fila de 13 anos sem título nacional.