O ambiente não é dos melhores dentro do Sport após a goleada de 5 a 0 sofrida para o Grêmio, no último sábado, em partida válida pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro. As declarações do técnico Vanderlei Luxemburgo no pós-jogo levantaram boatos por parte da torcedores, que passaram a desconfiar de divisões e corpo mole no elenco, chegando até a pichar o muro da Ilha do Retiro protestando contra o meia Diego Souza.

Mediante toda essa situação desconfortável, somada à seca de mais de um mês sem vitórias da equipe leonina, o presidente Arnaldo Barros concedeu entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira. O mandatário do clube fez questão de expor sua confiança no treinador e garantiu que em momento algum a diretoria cogitou a demissão do mesmo.

''Em momento algum passa a hipótese de troca de comando, o nosso treinador é Luxemburgo. E não é que ele tenha carta branca a partir de agora para modificar o elenco, na verdade ele sempre teve. Temos que respeitar os profissionais em sua área de atuação. Não faria sentido a diretoria não dar carta branca para um profissional fazer o que achar que deve'', disse.

Outra situação de bastante repercussão após o revés sofrido pelo Sport na última rodada, foi o vazamento de um áudio de dentro do vestiário, captando a bronca que Luxa estava dando no elenco. Demonstrando insatisfação com o ocorrido, Arnaldo também comentou sobre o assunto.

''Nos preocupou e incomodou. Não pelo conteúdo do áudio, que não tem nada demais, apenas o comandante cobrando na linguagem usual daquela área de trabalho. Preocupa porque reflete que alguém do grupo, que eu não posso acusar ninguém, entendeu que o grupo não seria capaz de resolver os problemas, e que divulgando, alguém de fora poderia vir e resolver os problemas''.

Sobre as pichações no muro da Ilha, a polêmica mais recente nos conturbados últimos dias do clube, o presidente não entrou em conflito com o torcedor e encarou com naturalidade. Porém, frisou que discorda de que a manifestação seja feita no patrimônio da instituição.

''A pichação é uma manifestação de protesto legítima. A gente não concorda é em atingir o patrimônio comum do clube. Sobre as reclamações, não tenho nada a contestar. Acho que cada um tem uma pequena parcela na hora do sucesso e do insucesso'', opiniou.