Não se sabe se o maior gremista em sentimento, mas Renato marca sua história como o maior nome do Grêmio entre os que vestiram a camisa. Campeão da Libertadores de 1983 como jogador, autor dos gols do Mundial no mesmo ano e, agora, técnico campeão da América do Sul novamente com o Tricolor. Renato Portaluppi se tornou o primeiro brasileiro a vencer a Copa Libertadores enquanto atleta e treinador. O feito é enorme e aumenta o número de conquistas do folclórico gaúcho, nascido na cidade de Guaporé.

Renato Portaluppi tinha apenas 20 anos durante a Libertadores de 1983, mas conseguiu ser um dos destaques da equipe naquela conquista. Ponteiro de velocidade, incomodava os jogadores, caindo preferencialmente pela ponta direita. Ele foi autor, inclusive, da assistência para César marcar de cabeça o gol do título sobre o Peñarol no estádio Olímpico Monumental. Ainda naquele ano, Renato apareceu muito bem no Japão, autor dos dois gols gremistas sobre o Hamburgo da Alemanha, o campeão europeu da época.

Passados longos 34 anos, Renato segue folclórico. Irreverente, descontraído, mas mais maduro. Ele chefiou o grupo gremista desde o título da Copa do Brasil 2016, ampliou sua escrita nas páginas gremistas. Após o anúncio de sua permanência, muitos acreditavam que um trabalho sério com ele desde o início da temporada não vingaria, mas um ano depois, novamente a decisão veio: a final da Copa Libertadores da América 2017.

Com estrela entre a montagem do elenco, do time, o feitio de jogo que encantou a muitos no meio do ano, Renato orquestrou a conquista que viria ao final de novembro. Através da modificação feita no primeiro jogo com a entrada do assistente Jael e do artilheiro da noite, Cícero, o Grêmio dava longo passo para terminar a Copa libertando a América. Com o apito final em Lanús, o Grêmio de Renato finalmente voltou a conquistar a América, seu terceiro título. É o segundo de Renato Portaluppi. Para todos lerem e ouvirem: o primeiro brasileiro a conquistar a América como jogador e depois como treinador.