As notícias no Futebol Feminino do Grêmio não param. Nesta semana, três jogadoras e a técnica Patricia Gusmão deixaram o clube e foram anunciadas como reforços do Internacional para 2018. Apesar das baixas, tudo segue funcionando. Responsável por comandar os times femininos do Grêmio, o ex-jogador Iúra afirmou que em 2018, o clube assumiu integralmente a administração da modalidade. 

Em 2017, o Grêmio fez uma parceria com a Associação Gaúcha de Futebol Feminino para o uso da camisa no Gauchão e no Brasileirão A1. Jogadoras da federação foram usadas para compor o elenco, como Karina Balestra, artilheira do campeonato gaúcho de 2017. Na parceria,  O clube entrou com a “marca” e a estrutura para treinos e jogos, enquanto a Associação, com auxílio da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), arcou com os custos das jogadoras. 

O plano de Iúra é assumir todas as operações da modalidade com as estruturas disponiveis do clibe, alojamento, parte jurídica, treinos, custos de jogadoras, e construir uma equipe competitiva em 2019 com a conquista de títulos. Em entrevistao diretor deixou claro que tudo será feito de maneira transparente para o Grêmio cumprir tudo que for prometido apra as jogadoras. Iúra também lamentou a dificuldade de encontrar empresas interessadas em patrocinar times femininos e a demora da CBF divulgar calendário das competições. 

"A CBF tem que organizar melhor. A CBF só organizou o carnê com a nossa data de estreia na Série A2, mas não mandou nada de adversário, valores. As empresas me colocam assim (quando o clube busca patrocínio para o feminino): tá, mas quando começa o campeonato, mas a CBF dá. O presidente (Romildo) até falou: 'Pô, acho que vou ter que ligar para CBF'", desabafou Iúra em entrevista para o GloboEsporte.

Questionado sobre a baixa das jogadoras e da técnica Patrícia, Iúra deixou claro que o time possui um plano B. "Não tínhamos somente Patrícia. Temos planos além. O Brasil vai ficar encantado conosco e saber que o presidente Romildo sabe estruturar. Estamos fazendo corretamente. Primeiro foi sacrifício, mas agora vamos melhorar. Mas com tranquilidade. Eu espero que a CBF possa profissionalizar. Tem jogadora do Corinthians, por exemplo, que joga em 4 ou 5 clubes no ano. Não dá. As meninas têm que ser profissionais e os clubes também com contratos de um ano."

Iurá aproveitou o momento para elogiar o trabalho da técnica em 2017, no Brasileirão Serie A1 e no Gauchão. No campeonato nacional, o time foi rebaixado para o Serie A2, mas chegou a final do Gauchão, marcando 100 gols no competição. "Tínhamos certeza que iríamos cair, mas lutamos para não cair. Mas aquilo nos deixou maiores ainda, pois estamos revisando nossos erros. Futebol feminino só vai crescer."

Por fim, o diretor falou sobre os salários que as jogadoras recebem. Em 2017, Patrícia e Karina, por exemplo, também batiam ponto em uma escolhinha de futebol para crianças, em que são sócias, pois a ajuda de custo para as jogadoras são baixas, principalmente se comparada aos enormes salários masculinos. "É pouco? É pouco, mas estamos recebendo. Tudo com honestidade", destacaram as jogadoras.

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