BotafogoUruguai possuem, nos últimos anos, uma conexão muito forte, já que muitos jogadores vindos do país celeste representaram as cores da camisa alvinegra ultimamente. Nesta década, nenhuma outra nação estrangeira foi tão representada na equipe de General Severiano quanto a uruguaia. Com Rodrigo Aguirre, atacante confirmado na última quinta-feira (15), essa lista aumentou e, agora, são oito jogadores, nessa década, que nasceram no país vizinho ao Brasil para representar o alvinegro.

Alguns deles marcaram época no clube, sendo relembrados por grande parte da torcida até os dias atuais, outros, por sua vez, passam longe de terem chamado a atenção dentro de campo. Dessa maneira, a VAVEL Brasil vai relembrar a passagem de todos os sete uruguaios que passaram pelo Botafogo na década, um artigo especial pela chegada de Rodrigo Aguirre.

Loco Abreu

O primeiro jogador é logo o mais representativo e marcante da lista. O atacante chegou ao Botafogo em 2010, após passagens pela Real Sociedad e o Aris Salônica, da Grécia. Desde o primeiro momento, se mostrou um jogador letal, já que era cirúrgico dentro da área, principalmente por conta das cabeçadas, um de seus pontos fortes, já que a altura o privilegiava.

Foi um dos principais responsáveis pelo título do Campeonato Carioca de 2010, em que o Botafogo venceu a Taça Guanabara e a Taça Rio – a última que, na final contra o Flamengo, Loco Abreu contribuiu ativamente com o placar, marcando um gol de cavadinha, sua marca registrada. Deixou a equipe de General Severiano em 2012 como segundo maior artilheiro estrangeiro da história do clube e como maior artilheiro do Estádio Nilton Santos. Atualmente, está no Audax Italiano, do Chile, e encontrará o Botafogo no confronto da Copa Sul-Americana.

Egídio Arévalo Rios

Arévalo é um dos grandes jogadores da história recente da Seleção Uruguaia. Em 2010, após se destacar pelo San Luis, do México, foi titular na campanha dos uruguaios na Copa do Mundo, onde foram os terceiros colocados. Logo após o torneio, se transferiu ao Peñarol e manteve o grande nível de atuações. Era um volante muito forte defensivamente, que protegia a defesa como poucos no continente naquela época.

Apesar de ter recebido algumas propostas da Europa no começo de 2011, resolveu assinar com o Botafogo. A expectativa era muito grande, mas, com pouco tempo, se tornou uma tremenda decepção, já que Arévalo participou de menos de 20 jogos com a camisa do alvinegro e retornou para o México, onde jogaria no Tijuana. Hoje, com 36 anos, está sem contrato vigente sem nenhum clube, após não ter seu vínculo renovado com o Racing no fim de 2017.

Nicolás Lodeiro

Provavelmente o jogador com maior qualidade técnica da lista. Chegou ao Botafogo em 2012, após os Jogos Olímpicos de Londres, vindo do Ajax e logo se tornou titular da equipe treinada, à época, por Oswaldo de Oliveira. Meio-campo clássico, o uruguaio possuía qualidade para jogar em qualquer lado, além de ser marcado por distribuir muitas assistências e ditar um ritmo diferenciado no jogo.

(Foto: Wagner Meier/AGIF)

Venceu o Campeonato Carioca em 2013 e deixou o clube em 2014, após a fracassada participação na Taça Libertadores daquele ano, com 17 gols marcados. Após isso, jogou em Corinthians, Boca Juniors e atualmente é um dos principais jogadores do Seattle Sounders, um dos melhores times da Major League Soccer (MLS), a liga de futebol dos Estados Unidos.

Mario Risso

O zagueiro foi um dos reforços na temporada de 2014 para a disputa da Taça Libertadores. Vindo do Defensor, do Uruguai, o atleta nunca conseguiu muita sequência com a camisa alvinegra e pouco jogou pelo Botafogo. Ainda no mesmo ano, foi emprestado ao Náutico, mas também não obteve muitas chances de atuar. Na metade de 2017, foi anunciado como um dos reforços do Celaya, clube da segunda divisão mexicana.

Gonzalo Bazallo

Bazallo foi contratado pelo Botafogo em junho de 2015, para ser um dos reforços do clube para a sequência da Série B do Campeonato Brasileiro. O volante treinou por seis meses, esteve no banco de reservas em duas partidas e.... Só. Deixou o alvinegro no final daquele ano sem deixar saudades e sem nunca ter entrado em campo. No começo desse ano, se transferiu para o Cerrito, clube da segunda divisão do Uruguai.

Álvaro Navarro

Navarro foi apresentado junto com Bazallo e, diferentemente do companheiro, foi muito importante para a reta final da campanha na segunda divisão. Mesmo chegando em um período mais avançado da temporada, foi o artilheiro da equipe na Série B, com nove gols. Esses números fizeram a diretoria do Botafogo ir atrás do jogador para um retorno em 2016, já que ele havia sido apenas emprestado, mas os valores assustaram e, após isso, o atacante se transferiu para o Puebla, do México. Após um ano e meio, não teve seu contrato renovado e, de acordo com o site Transfermakt, está sem vínculo com nenhuma equipe desde então.

Juan Manuel Salgueiro

Salgueiro chegou ao Botafogo como uma das principais contratações de 2016. Recém-promovido da segunda divisão, o clube encontrava dificuldades em termos financeiros para contratar e, por isso, resolveu apostar em jogadores estrangeiros, já que os custos dos mesmos eram menores se comparado com os atletas já consolidados em solos tupiniquins.

Foto: Vitor Silva/SS Press/Botafogo

O meia, porém, não rendeu o esperado e foi pouco usado com Jair Ventura, em uma campanha que conseguiu levar o Botafogo para a Taça Libertadores. Ao todo, o atleta marcou apenas um gol, contra o Flamengo, em um empate que terminou 3 a 3. Sem muito brilho, deixou o alvinegro em 2017 e foi para o Nacional, do Paraguai, clubes que joga até os dias atuais.