Há treze anos, o São Paulo voltava a levantar a Taça Libertadores, após superar o Atlético-PR, no Morumbi, por 4 a 0. Aquela decisão foi rodeada de confusões no bastidores e deu início a uma grande rivalidade entre os dois clubes, que ganharia novos capítulos em negociações polêmicas.

No primeiro confronto, assim como no jogo desta quarta-feira (4), o Atlético-PR era o mandante, mas não pôde utilizar a Arena da Baixada, já que sua capacidade, na época, não cumpria com o exigido pela CONMEBOL. Sendo assim, a partida ocorreu no Beira-Rio, em Porto Alegre, gerando uma grande desavença entre os clubes.

Na primeira partida da decisão, o Tricolor deu um grande passo para voltar a conquistar o título depois de doze anos. Aloísio Chulapa, que depois se tornaria ídolo no São Paulo, abriu o placar para os paranaenses, mas numa confusão na área, Durval empurrou a bola para a própria rede, selando a igualdade no placar.

Como foi a partida?

Com o Morumbi na sua lotação máxima, o São Paulo entrou em campo para cumprir um sonho, já que bastava uma vitória simples para que o Tricolor voltasse a ser o dono da América. Ela veio, e de forma avassaladora, sendo, até hoje, uma das maiores goleadas em finais da competição: 4 a 0.

Apesar do resultado confortável no Beira-Rio, o São Paulo foi para cima desde o início da partida. Essa pressão resultou no primeiro gol da partida, ainda aos 16, marcado por Amoroso, que cabeceou com liberdade após confusão dentro da área, entre Danilo e o goleiro Diego.

No final da primeira etapa, Aloísio foi derrubado por Alex, e o juiz, numa decisão polêmica, assinalou a penalidade. Por alguns momentos, os 70 mil torcedores no Morumbi ficaram em tensão, mas isso durou pouco, já que Fabrício acertou a trave e o São Paulo foi para o intervalo com a vitória.

O segundo tempo serviu para sacramentar o título e construir uma goleada histórica. Aos 8, Fabão cabeceou firme após escanteio e ampliou a vantagem. Minutos depois, aos 26, foi a vez de Luizão marcar e ir as lágrimas, pois o atacante se despedia do clube naquele dia.

Quando a torcida já comemorava o tricampeonato, Diego Tardelli, ainda uma jovem promessa, deu números finais e decretou o título são-paulino, que também garantiu a classificação para o Mundial Interclubes, em dezembro, no Japão, onde o Tricolor voltaria a fazer história - dessa vez superando o Liverpool.

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