Sampaio Corrêa faz sua estreia no Campeonato Brasileiro Série B em casa às 19h do dia 14 de abril, no estádio do Castelão, diante do recém rebaixado Coritiba. A última vez que a Bolívia Querida disputou a competição foi em 2016 e, naquela oportunidade, não se saiu nada bem. A equipe terminou o campeonato na última colocação da tabela e espera não repetir os erros cometidos naquele ano nesta temporada

Escalação

A equipe comandada pelo técnico Francisco Diá vem jogando com um clássico 4-4-2, com um losango no meio campo, buscando a aproximação do meia mais avançado para dar maior ofensividade. No entanto, os atletas vêm oscilando muito de rendimento até aqui, fazendo com que haja muitas alterações na formação inicial do time, sobretudo no último terço do campo. Consolidado na titularidade somente a dupla de zaga, ao lado do goleiro Andrey. Deste modo, a composição mais utilizada pelo treinador tricolor é: Andrey; Bruno Moura (Junior Rocha), Maracás, Odair Lucas e Kaike (João Victor); Nonato, César Sampaio, Silva e Marlon (Fumaça); Uilliam e Wellington Rato.

Destaque

(Foto: Elias Auê/Sampaio Corrêa)

Sendo um dos pilares do Sampaio neste início de temporada, Maracás vem mostrando ser imprescindível para a equipe boliviana na disputa da Série B. O atleta de apenas 23 anos se destaca pela regularidade, que lhe rendeu a faixa de capitão. Jogador é um dos remanescentes do grupo que conquistou o acesso à Segundona no ano passado. Participou de 40 jogos com a camisa do Sampaio Corrêa até aqui, com três gols marcados.

Fique de olho

(Foto: Elias Auê/Sampaio Corrêa)

Apesar do setor ofensivo ser o mais contestado pelo torcedor boliviano, um atacante vem fazendo bonito. O jovem Uilliam, de 23 anos, é o principal responsável por movimentar o marcador do estádio Castelão. Já fez incríveis dez gols em 16 partidas nesta temporada. Pra se ter uma noção da boa fase do jogador, no ano passado o atacante só havia marcado quatro gols nos mesmos 16 jogos. Uilliam chegou ao clube no ano passado, naquela ocasião emprestado pelo Altos-PI, e integrou o grupo que ascendeu à Série B do Campeonato Brasileiro. Hoje o atleta tem contrato com a Bolívia Querida até o fim da temporada.

Técnico

(Foto: Elias Auê/Sampaio Corrêa)

O experiente Francisco Diá, 62 anos, vem fazendo um bom trabalho no Sampaio desde que assumiu no ano passado. Treinador já teve passagens por diversos clubes nordestinos, dentre eles o Santa Cruz, Botafogo-PB e Campinense-PB. Eliminado na primeira fase do Estadual e da segunda etapa da Copa do Brasil, e com presença confirmada nas quartas de final da Copa do Nordeste, Diá vai ter que usar todos os conhecimentos adquiridos nos seus 23 anos de carreira para manter o Tubarão na segunda divisão.

Contratações

Presidente Sergio Frota diz que o Sampaio está no mercado (Foto: Divulgação/Sampaio Corrêa)

Reforço. Essa tem sido a palavra que mais circula na boca dos torcedores tricolores, que se preocupam com o nível técnico do elenco atual. Apesar de começar muito bem a temporada, o Sampaio vem se caracterizando como uma equipe que oscila muito e, numa competição de pontos corridos como é a série B, pode ser fatal. Após a cobranças constantes dos torcedores bolivianos, o presidente Sergio Frota se pronunciou afirmando que, devido a condição financeira do clube, a ida ao mercado tem que ser cirúrgica.

“Tenho ciência que boa parte da torcida está ansiosa quanto às contratações para reforçar o elenco. Mas o trabalho está sendo feito e os contatos com os jogadores seguem incessantemente. É preciso ressaltar que estamos realizando uma análise criteriosa de mercado, para não trazermos jogadores que não se encaixarão no perfil do clube, mas, sim, peças pra resolver e serem referenciais na equipe. Estávamos praticamente fechados com o atacante Magrão, artilheiro da Série A2 do Campeonato Paulista pelo Sertãozinho, mas o jogador sofreu uma lesão séria e isso atrapalhou os nossos planos”, disse.

Estádio

(Foto: Divulgação/Sampaio Corrêa)

O Castelão de São Luís é historicamente um caldeirão. Lá o torcedor tricolor  sempre apoiou muito a equipe, sendo muitas vezes determinante no placar. No entanto, na última passagem do Tubarão pela Série B, em 2016, o caldeirão não se fez presente e o Sampaio teve uma campanha desastrosa. Jogando sob seus domínios a equipe teve um aproveitamento muito baixo, com apenas 5 vitórias, 7 empates e 7 derrotas. O mau rendimento dentro de casa foi um fator determinante para o rebaixamento daquele ano. 

Buscando não repetir os erros de 2016, a Bolívia Querida vê na sua torcida não só o poder no apoio durante os 90 minutos, mas também nos cofres do clube. Com um faturamento inferior a equipes como Ponte Preta e América-MG, por exemplo, faz com que a renda adquirida nos jogos do Castelão seja de suma importância no planejamento do time para o resto da temporada. Porém, apesar de estrear em casa diante do Coritiba, o torcedor não vai poder ocupar as arquibancadas. Isso porque o Sampaio recebeu uma punição por torcedores jogarem objetos no gramado após a eliminação na semifinal da Série C contra o Fortaleza.

Posição em 2017

(Foto: Elias Auê/Sampaio Corrêa)

Após o rebaixamento na última colocação da Série B em 2016, a temporada passada foi de reconstrução. O Sampaio Corrêa, apesar das dificuldades, montou uma equipe competitiva e rapidamente reascendeu à Segundona. Chegou na semifinal da Série C, garantiu o acesso mas foi eliminado pelo vice-campeão Fortaleza.

Expectativa para 2018

(Foto: Elias Auê/Sampaio Corrêa)

Atrás da consolidação da imagem do Sampaio Corrêa como um clube de Série B, o cenário e o discurso são de pés no chão. O Tubarão começa a Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro buscando se manter, tentando organizar a estrutura financeira do time para em um futuro próximo almejar maiores conquistas como o tão sonhado acesso à elite do futebol nacional.