Nos últimos anos, o Coritiba tem sofrido com quedas e acessos. Em 2018, o time lutará mais uma vez para retornar à Série A do Campeonato Brasileiro. Dessa vez, o time não é tão favorito para subir, já que conta, desde o começo da temporada, com uma política de austeridade nas contas, devido a nova gestão do presidente eleito em dezembro, Samir Namur. Para entender melhor a situação do Coxa, a VAVEL Brasil preparou um guia.

Começo conturbado

Foto: Comunicação / Coritiba Foot Ball Club
Foto: Comunicação / Coritiba Foot Ball Club

Mesmo após ter começado mal no Campeonato Paranaense, o time conseguiu chegar até a final do primeiro turno e vencer o Rio Branco, garantindo uma vaga na grande final. Já no segundo turno, o time degringolou. Apesar de ter usado reservas em alguns jogos, a campanha foi mais abaixo do que se esperava e o time terminou na lanterna de seu grupo.

Com o desenrolar das semifinais, ficou definido que o adversário do Coxa na final seria o rival Atlético-PR. No primeiro jogo, Sandro Forner conseguiu fazer com que sua estratégia desse certo e contou com o talento de Julio Rusch, que fez belo gol em cobrança de falta. Na partida de volta, a equipe alviverde sucumbiu e perdeu 2 a 0, sem conseguir esboçar qualquer reação.

Já na Copa do Brasil, o time foi eliminado pelo Goiás de forma dramática, precisando de apenas um gol para se classificar no segundo jogo. Mas o Goiás jogou bem, segurou o empate que precisava e eliminou aquele que futuramente será seu adversário na segunda divisão.

Contratações

Foto: Comunicação / Coritiba Foot Ball Club
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Como Samir Namur prometeu ao ser eleito, o Coritiba adotou uma política de poucas contratações e maior utilização da base, que inclusive, tiveram certo destaque no começo da temporada. Mas a Série B vem aí, e a diretoria de futebol decidiu que tem que investir em reforços se quiser ter alguma chance de acesso no primeiro ano após a queda.

São eles: Bruno Moraes (atacante); Abner (lateral-esquerdo); Carlos César (lateral-direito); Jean Carlos (meia) e Vinicius Kiss (meia). Desses jogadores, o mais provável é que Moraes, Abner e Carlos César sejam titulares absolutos. Jean e Vinicius lutarão por uma só vaga no meio-campo, ao lado de Thiago Lopes.

Acesso é meta principal

Foto: Comunicação / Coritiba Foot Ball Club
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Apesar de ter começado mal a temporada, é inevitável colocar o Coxa como um dos candidatos ao acesso. Isso porque uma camisa pesada, com um torcida que empurra o time nos momentos de dificuldade e as contratações feitas especificamente para a Série B do Campeonato Brasileiro devem ser respeitadas. Caso a subida não aconteça, será uma grande decepção para os torcedores alviverdes.

Destaque

Foto: Comunicação / Coritiba Foot Ball Club
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Se a política de austeridade foi criticada pela falta de resultados, ela serviu para algo muito importante. Durante todo o Campeonato Paranaense, surgiram várias peças de qualidade, que se mostraram fundamentais para a equipe. Uma delas é o meia Julio Rusch, que não só foi o principal jogador do Coxa no campeonato, como um dos principais concorrentes ao prêmio de craque do campeonato.

Rusch tem como característica principal as chegadas ao ataque, mas também conta com grande poder de marcação. Outra arma do jovem meia são as bolas paradas, tanto as que são cruzadas na área, quanto direto para o gol.

Defesa segura; ataque problemático

Foto: Comunicação / Coritiba Foot Ball Club
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Sim, o Coritiba levou dez gols no segundo turno do Campeonato Paranaense. Relatado esse fato, é importante ressaltar que essa campanha foi feita com o time recheado de jogadores reservas. Enquanto Thalisson Kelven e Romércio estiveram em campo, isto é, no primeiro turno inteiro, a defesa se mostrou bastante segura e tomou apenas quatro gols.

A contratação de Bruno Moraes não foi à toa. Enquanto o meio-campo consegue produzir boas jogadas, o ataque, que teve Alecsandro e Kléber alternando o comando, pouco fez na competição e com certeza é uma das principais preocupações da torcida.

Fique de olho

Foto: Comunicação / Coritiba Foot Ball Club
Foto: Comunicação / Coritiba Foot Ball Club

Uma das crias da base alviverde, Thalisson Kelven demorou a ganhar chances no time principal. Só agora, depois de três temporadas, é que conseguiu a vaga de titular absoluto no time titular do Coxa. Primeiro foi por necessidade, pois o presidente do clube deixou bem claro que não iria fazer grandes contratações, segundo pelo bom futebol que apresentou. Além de ser um zagueiro seguro, chegou a marcar dois gols no Campeonato Paranaense.

Sandro Forner sob desconfiança

Foto: Comunicação / Coritiba Foot Ball Club
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Como a decisão da diretoria era usar a base na maior parte da temporada, o escolhido para ser o técnico do Coxa foi Sandro Forner, que já há algum tempo, era treinador das divisões de base do Coritiba. No começo, ele conseguiu desempenhar bem o seu trabalho, mas com o passar do tempo e a falta de resultados positivos, ele sofre pressão de todos os lados.

Forner se caracteriza por colocar a parte defensiva em primeiro lugar. Se por um lado, essa estratégia deu certo, por outro, ele vem sendo cobrado pela falta de poder ofensivo que o time demonstra dentro de campo. Maior exemplo foi na final do estadual contra o Atlético-PR. Depois que o time tinha perdido a vantagem, pouco conseguiu fazer para buscar o resultado.

Couto Pereira

Foto: Comunicação / Coritiba Foot Ball Club
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Com capacidade para 40.052, o Estádio Major Antônio Couto Pereira é uma das armas do Coritiba desde 1932, ano em que o Alto da Glória foi fundado. Cenário de grandes glórias do Coxa, será importantíssimo na luta da equipe alviverde pelo acesso. O time que for enfrentar o Coritiba em seu estádio terá que saber a força que ele tem, principalmente quando está lotado.