Em 10° lugar na classificação, com 35 pontos, o América-MG recebe o CRB-AL, na Arena Independência. Em má fase no início na Série B do Campeonato Brasileiro, , o Coelho chegou a ser lanterna por três rodadas – 12ª, 13ª e 14ª. No returno do torneio, o Alviverde deu início a uma arrancada, conquistou uma sequência invicta de 12 jogos e chegou a apenas dois pontos do G-4. A evolução em campo não refletiu nas arquibancadas, quando o assunto é comparecimento o time tem o segundo pior público e renda do torneio - à frente apenas do Oeste.

Localizado no bairro do Horto, o Estádio Raimundo, onde o Alviverde manda seus jogos, tem capacidade para 23.950 pessoas. Em doze rodadas, o ‘dono’ do estádio, o América, teve uma média de 2.247 torcedores, o que somado, representaria 26.964 pessoas, pouco acima da capacidade total da arena. Sendo que, a média de ocupação é de apenas 8%. O time americano tem uma das piores médias de públicos do campeonato. Atualmente, a equipe é a segunda que menos leva torcedores ao campo, com uma média de 1.863 pagantes.

As catracas pouco giram no Horto

Quando o assunto é arrecadação com bilheteria, os números são ainda mais preocupantes. Segundo o site GloboEsporte.com, o América-MG tem um ticket médio de R$ 6, renda média de R$ 12.720, para uma renda bruta de R$ 139.930. Se comparado com os líderes de público e renda da Série B, o Coritiba, já arrecadou R$ 3.615.816, com o mesmo número de partidas no Couto Pereira. A média de bilheteria do Coxa é de 26.177 – número próximo ao público total do América-MG nesta Série B, em seus domínios.

Por dia da semana, a maior média de público do time americano se dá no domingo, com a presença de 3.641 torcedores. Na competição, entre os 10 dérbis de menor público e renda do ano, o América-MG figura duas vezes: na partida contra o Oeste, com 1.085 presentes, sendo 868 pagantes e Atlético Goianiense, com 1.241 pessoas e 988 pagantes. O público oscila, mas em contraste, o jogo de maior público como mandante foi diante do Guarani, sendo 4.213 espectadores.

Em comparação com a última vez que o Alviverde esteve na Série B, a distância é relativamente baixa. Em 2017, ano do título da competição, a média total foi de 3.042 pagantes. Para uma ocupação média de 13% e ticket médio de R$ 7.

Condições promocionais e pouca atração

"Para contar com grande público, América-MG faz promoções de ingressos". Promoções e atrativos para o público americano não faltam, mas não parecem eficazes. O Coelho realiza constantemente promoções de gratuidades para mulheres e crianças e preços promocionais de R$ 10. Além disso, o Alviverde tenta atrair os torcedores de outras formas, como o programa sócio-torcedor e ações de marketing ligados aos patrocinadores do clube.

"A identificação com a casa é fundamental em um Campeonato de pontos corridos tão longo como é o Brasileiro. Volto a pedir o apoio da torcida. Acho que está tendo essa sinergia com a torcida, estamos recebendo esse apoio e peço não só ao torcedor americano mas, ao povo de Belo Horizonte que nos ajude", afirmou Felipe Conceição. 

O apoio e a presença da torcida, para muitos clubes, é essencial.  Mas, o baixo público na Arena Independência revela que não é um ponto imprescindível para se realizar uma boa campanha. 

Em seus domínios, o América-MG enfrenta o CRB-AL, nesta quinta-feira (03), às 19h15, na Arena Independência, pela 26° rodada da  Série B do Campeonato Brasileiro.