Há duas temporadas que Miguel (18), promissor meia do Fluminense, é visto com grandes expectativas pela torcida Tricolor. Apesar do inegável talento e o desejo do clube carioca em usá-lo como um alívio financeiro em uma futura venda, é público o péssimo relacionamento entre diretoria, jogador e seu pai-empresário.

Desde quando emergiram os primeiros boatos de interesse no meio-campista durante o Brasileirão 2019, tendo o Arsenal como grande favorito em contratar Miguel, iniciou-se uma rincha que dura até os dias atuais ao ponto de haver pedido de rescisão e ação judicial.

Primeiros problemas

Principal responsável por conduzir as negociações com Miguel, o diretor-executivo Paulo Angioni tenta a renovação contratual do promissor meia desde 2019. Com contrato somente até metade do próximo ano, o jogador pode a partir de janeiro assinar pré-contrato com qualquer equipe e sair sem custos na metade de 2022.

Afim de evitar o desperdício financeiro, visto que Miguel possui cláusula contratual de 35 milhões de euros e em momento de forte escassez financeira, o jogador pode ser uma das principais vendas do clube no ano. Sem sucesso nas primeiras tratativas, o jogador perdeu espaço após se lesionar ano passado e pouco entrou em campo no segundo semestre da última temporada.

Agravamento

Sem minutagem no time de cima mesmo com as trocas de treinadores, desde Odair Hellmann, passando por Marcão e até chegar à Roger Machado atualmente, diretoria e empresários negociaram para o jogador defender o time sub-17 e posteriormente o elenco de aspirantes (sub-23), que foram recusadas pelo pai.

Insatisfeito no clube, Miguel só fez uma aparição na atual temporada. Já diante do esfriamento de rumores internacionais, o jogador que atraiu interesse de Milan, Tottenham Hotspur e Juventus, agora tem como grande candidato o Santos, de Fernando Diniz.

Gota D´Água

Em um contexto onde as partes não se relacionam de forma saudável, o pai e empresário de Miguel, João Roberto Lopes, que também é advogado, acusa na Justiça o Fluminense e Vasco, de firmarem acordo ilegal quando o atleta tinha apenas 14 anos.

A notícia é do influenciador Marcelo Jorand e confirmada pelo portal Netflu. João recorrerá ao MP da Infância e Juventude e tentará provar o citado acordo que por lei é ilegal. Miguel havia passado pelas divisões de base do Vasco e ambas equipes aceitaram negociar fatias pelo jogador.

Miguel que não se reapresentou ao clube nesta terça-feira (11), dificilmente jogará novamente no Tricolor. O atleta tem um pedido formal de rescisão, mas o clube tende a negociá-lo na próxima janela internacional, que abre a partir de junho.