Normalmente, a repercussão de um jogo de futebol observa palavras de atletas e, sobretudo, dos treinadores. Não foi isso que aconteceu no último domingo (5), na Neo Química Arena, após Brasil x Argentina, partida adiada da sexta rodada das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo 2022. O grande destaque foram as palavras de Ednaldo Rodrigues, presidente em exercício da CBF.

Assumindo o cargo após o afastamento de Rogério Caboclo, acusado de assédio moral e sexual, em agosto de 2021, o dirigente criticou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pela ação na peleja. "Extrapolou nas suas decisões, poderia ter evitado tudo antes. Eu fico muito triste e não busco nenhum culpado. Se passou ou não passou algo, não era o momento para fazer essa intervenção", destacou, em entrevista ao SporTV.

Na visão do dirigente, os atletas já estavam na alça de mira da Agência. "Há três dias, pelo o que tomamos conhecimento, a Anvisa já estava acompanhando a seleção da Argentina. Se estava acompanhando e tem o protocolo da Anvisa, nos causou muita estranheza deixar para depois que o jogo se iniciasse. Em momento algum a CBF foi parte com relação a qualquer negociação para retirar atletas da equipe", comentou, enquanto falava sobre o caso do jogo das Eliminatórias da Conmebol para a Copa do Mundo 2022.

Por fim, o presidente da CBF também pontuou que havia uma espécie de acordo para que a peleja fosse disputada. "Ainda antes da partida se iniciar, o delegado da partida disse que poderiam jogar, para depois serem deportados. Mas depois, por um motivo que a CBF não conhece, mudaram. A CBF respeitou sempre os protocolos. Em nenhuma situação a CBF quis fazer qualquer tipo de subterfúgio para driblar a legislação", lamentou.