Estratégias distintas, tudo parecia mudar com uma expulsão. Mesmo com um a menos, o Cruzeiro derrotou o Bahia com gol de Stênio e as defesas de Rafael Cabral. No fim, resultado garantido por 1 a 0, diante de 49.066 torcedores presentes no Mineirão, pela 20ª rodada da Série B.
Tudo igual
Para conter o ímpeto dos mandantes, o Tricolor de Aço montou uma linha defensiva com cinco jogadores. Como era de esperar, a Raposa teve mais posse de bola, na qual rodou para ambos os lados do campo, visando encontrar espaços. As enfiadas viraram a melhor alternativa para chegar dentro da meta adversária. Neto Moura lançou Edu. O atacante dominou com a ponta da chuteira dentro da área e bateu cruzado. Danilo Fernandes defendeu em dois tempos.
Já o Bahia tentava atrair a Raposa para sair em velocidade nas costas da marcação. Criou grande oportunidade quando Daniel disparou no contra-ataque, ele tocou para Rezende, que deixou Raí cara a cara com Rafael Cabral. O camisa 11 finalizou, mas o goleiro salvou. O Cruzeiro chegava com mais perigo. Dentre as melhores chances, Pablo Sile gingou na entrada da área, ficou sem espaço e ajeitou para Neto Moura. O volante bateu colocado e mandou com perigo rente ao travessão. Bruno Rodrigues era outro que tentava. Nada de muito sucesso. Em nova empreitada, Davó utilizou a jogada individual e buscou Raí dentro da área. O atacante cabeceou e o arqueiro celeste segurou sem problemas.
Retorno e eficiência garantem vitória
Paciência e equilíbrio. Duas coisas necessárias para o segundo tempo. As estratégias eram as mesmas. No entanto, o Cruzeiro, com mais volume de jogo, começou a perturbar o gol defendido por Danilo Fernandes. Machado soltou uma bomba de fora de longe e o goleiro queimou a luva ao espalmar. Pouco depois foi a vez de Bidu. O lateral recebeu nas costas de André e arrematou rasteiro. Danilo Fernandes salvou com a ponta dos dedos.
A pressão estrelada aumentava, porém, tudo estava prestes a ruir. Eduardo Brock levou o vermelho direto, por impedir Copete de avançar, que sairia na cara do gol. A equipe estrelada não se abalou e reagiu com um velho conhecido: Stênio, que regressou ao time após uma passagem pelo Torino, da Itália.
O atacante, de 18 anos, rolou para Pedro Castro. O camisa 21 finalizou em cima da marcação, a bola voltou para ele e abriu com Bruno Rodrigues. O atacante chutou forte, Danilo Fernandes salvou com uma das mãos e Stênio aproveitou para escorar no rebote.
Com um a mais, o Bahia saiu da defesa para tentar reverter a situação. Várias substituições visando abafar os mandantes. A linha de cinco virou de três e os laterais deram lugares aos atacantes. Se segurando como podia, a Raposa contou com as defesas de Rafael Cabral. Davó teve grande oportunidade dentro da área, em cara a cara com o goleiro, que realizou grande defesa.
Rafael Cabral estava atento às jogadas que circulavam perto de seu gol. Tanto que se antecipou a finalização de Rodallega. O colombiano havia roubado de Zé Ivaldo e estava pronto para sair livremente. Além da eficiência, houve aquela sorte no último lance. Luiz Otávio escorou bola alçada para Rodallega. O atacante encheu pé e carimba a trave
Situação
O Cruzeiro amplia a vantagem da liderança para 45 pontos, 11 a mais que o Grêmio, segundo colocado, e 17 para o Sampaio Corrêa, primeiro time fora do G-4. Já o Bahia perdeu uma posição. É o quarto, com 34.
O que vem por aí
Na próxima sexta-feira (29), o Tricolor do Aço encara o Náutico, na Arena Fonte Nova, às 19h (de Brasília). No dia seguinte, a Raposa visita o Brusque, no Augusto Bauer, às 11h (de Brasília).