O último sábado (30) marcou a história da base da Ferroviária: as Guerreirinhas do Sub-20 conquistaram o título Paulista da modalidade, na Fonte Luminosa, em Araraquara, e o time da casa venceu por 1 a 0.

Time de referência no futebol feminino, a Ferroviária buscava méritos também na base, para seguir recheando sua galeria de troféus. Indispensável para a equipe, Maisa comentou sobre a trajetória da equipe até o título.

“Não tenho dúvidas de que foi uma campanha histórica para o clube. Nós colocamos na cabeça que, independente do time que iríamos enfrentar, teríamos que entregar o máximo e ter bons resultados. Isso vem sendo trabalhado há muito tempo, vínhamos batendo muito na trave e sabíamos que era por detalhe não estar no topo. Aprendemos, e esse ano pudemos vivenciar esse momento.”

O dia não foi um marco apenas para a equipe, mas, em especial, também marcou a trajetória de Maisa. Embora já acumule títulos vestindo as cores grenás, foi a primeira vez que a atleta conquistou um título jogando pela base em Araraquara.

“Quando eu soube que iria descer pra complementar o sub 20 eu fiquei muito feliz, já comecei pensar o quanto eu queria vivenciar todos esses jogos com as garotas e o quanto eu poderia ajudar e agregar de alguma forma. Me dou super bem com todas e isso foi importante para deixar o clima mais leve, para que nós, juntas, construíssemos algo grandioso com essa camisa grená”.

Na Ferroviária desde 2019, a meia atacante de 20 anos já atua pelo time profissional, e reconhece o quanto isso agregou na busca do mérito.

“A experiência ajuda em qualquer tipo de situação ali dentro de campo. Eu pude vivenciar muitas coisas com o grupo profissional, e quando acontece algo parecido na base, posso auxiliar e ajudar a tomar outro caminho ‘melhor’. Acho que passar um pouco disso pra elas é importante para que elas possam aprender, porque essas coisas vão fazer total diferença quando elas subirem pro profissional”.

Maisa já compunha o elenco da Ferroviária em conquistas como o Campeonato da Juventude Sub-18 e o Brasileiro A1 em 2019, vice-campeonato Paulista em 2020, e o do terceiro lugar da Libertadores de 2021, mas esse Paulista sub-20 representa muito para a atleta.

“Quem me conhece sabe o quanto eu me cobro e isso era uma das minhas maiores cobranças. Eu pude vivenciar isso e com um grupo maravilhoso, no qual todas estavam focadas em um único objetivo e no final de tudo, conseguimos! É uma sensação inexplicável, um sentimento de dever cumprido”.

O restante da temporada é intenso: a Ferrinha disputa a reta final do Brasileiro Feminino, o Paulistão, a Libertadores e a Ladies Cup.

“Retorno agora com o grupo do profissional, com a cabeça boa e um sentimento de querer ajudar, independente da forma que for. Acho que estamos em uma situação um pouco delicada, buscando a classificação no Brasileiro, mas tivemos tempo para trabalhar e não tenho dúvidas de que as coisas irão acontecer positivamente. É sempre honra essa camisa e buscar coisas grandiosas”.