O São Paulo derrotou o Ceará por 2 a 0 neste domingo (18) e se afastou do perigo da zona de rebaixamento no Brasileirão 2022. Em um jogo marcado por duas expulsões no lado alvinegro, o Tricolor impôs a superioridade numérica e contando com o Calleri, que desencantou depois de oito jogos sem marcar, o time garantiu a vitória em pleno Castelão lotado.  

Após a partida, o treinador Rogério Ceni elogiou o bom jogo do São Paulo e ressaltou que a expulsão ajudou muito para construir o triunfo. Ele também falou que o calor foi providencial para que essa superioridade fosse colocada em campo e que o time teve dificuldade de marcar nas bolas paradas. 

"A expulsão definiu muita coisa. Por isso que temos que valorizar o jogo contra o Cuiabá, com um a menos brigar e conseguir o empate. Não é fácil. Acho que pela primeira vez tinha vento no Castelão, em 150 jogos que estive aqui, pela primeira vez tinha uma brisa. Mas estava bem calor. Dentro do estádio é mais quente. Não acho que fizemos uma partida excepcional, tivemos erros de passe, de decisão, propiciamos ao Ceará durante três minutos uma pressão em cima com bolas cruzadas que poderíamos ter evitado. Mas acho que o homem a mais faz toda a diferença nesse calor. Poderíamos ter decidido o jogo mais cedo. Tivemos muitas finalizações, mas temos que matar mais cedo porque se desgasta menos, desmotiva o time adversário mais rápido. Mas procuramos o gol o tempo todo. Passamos momentos delicados em bola parada, o que é normal pelo adversário. Temos que ganhar mais confiança para construir jogo. Em determinados momentos, quando não temos a superioridade numérica de 11 contra 10, vamos ter que criar no 11 contra 11", afirmou o técnico. 

Alívio na sequência de jogos

Sobre o calendário, o ídolo são paulino se diz aliviado pela pausa de uma semana  devido à Data Fifa. Ele agradeceu aos céus por não ter nenhum jogador lesionado e que o elenco terá dois dias de folga. Ceni ainda  falou da atuação do árbitro que estava rigoroso e, por isso,  tirou Rigoni e Nestor no intervalo, pois já tinham recebido cartão amarelo. 

"Na verdade, nós achamos que hoje era possível repetir boa parte do time, quis trocar as laterais para dar equilíbrio. No restante, mantivemos os mesmos jogadores por ter o quarto dia de intervalo, o que ajuda bastante apesar da viagem longa. Agora posso dar dois dias para eles descansarem porque há quatro meses não temos dois dias livres. Na quarta começamos o planejamento visando o Avaí. Momento praticamente único no ano, essas duas semanas. Graças a Deus não saímos com nenhum lesionado, isso era uma preocupação. No intervalo, pela instabilidade da condução do jogo por parte do árbitro, achei melhorar tirar o Luciano e o Nestor que já estavam com amarelo", justificou.

Futuro

Por fim, o treinador foi questionado sobre a permanência no cargo para a próxima temporada. De acordo com ele, somente as conquistas podem garantir a continuidade no time, mesmo que todos tenham afeto por ser ídolo e que a Sul-Americana é vital para que isso ocorra. 

"Eu preciso ser campeão para continuar. Por mim. Não estou falando pelo São Paulo, eu sei do carinho, do jeito que as pessoas me tratam aqui dentro. Mas somos movidos a conquistas. Fomos a Fortaleza para ser campeão, fomos ao Flamengo para ser campeão. E o São Paulo, por mais dificuldades que apareça, a Sul-Americana é a grande oportunidade de ser campeão. Só marca a história quem conquista", concluiu Rogério. 

Sequência

O próximo compromisso Tricolor é daqui a uma semana contra o Avaí, no domingo (25), antes de viajar para a decisão da Copa Sul-Americana diante do Independiente Del Valle, que acontece no próximo dia 1º.