Todo fã de futebol já, erroneamente, "cravou" um resultado em sua vida. "Vai ganhar!" e "Vai perder!" são expressões comuns na cultura futebolística brasileira. É certeza: aquele time cheio de craques vai atropelar o inferior.

Porém o que acontece quando equipes como Real Bétis, Girona, Kashima Antlers e Al Jazira desafiam a lógica contra o poderoso multicampeão europeu?

O que acontece quando o Grêmio desafia a lógica, dois pênaltis contra e quatro jogadores a menos?

O que aconteceu quando Cícero e Jael entraram no segundo tempo contra o Lanús, desacreditados e em plena final de Libertadores?

O impossível.

Desafiar a lógica é algo que se faz em quase todas as partidas de futebol. É a necessidade de arriscar, pois não há risco maior do que não tomar riscos. 

O torcedor gremista precisa entender que a esperança é o sol, e se você não acredita nele simplesmente porque não pode vê-lo, jamais passará pela noite. E a história do torcedor que viu o time ser campeão da Série B e passar por 15 anos sem título carrega o fardo de ser o mais esperançoso de todos. O que mais tem fé.

Kashima Antlers Al Jazira falharam em suas missões, mas saíram como campeões morais, deixando para o Grêmio a lição mais valiosa de todas: é possível.

É possível vencer. Não somos um grande time europeu, mas podemos ser um grande adversário. Um que pode ser goleado, assim como qualquer equipe que defronta o poderoso time Merengue. Mas um que irá lutar de peito aberto como sempre fez em seus gloriosos 114 anos de história.

Fato é, que, o Real Madrid é melhor que o Grêmio. Ilusionamos, deliramos e nos deixemos levar pelo sentimento de torcedor. O ano de 2017 foi um sucesso, e poderá ser ainda mais. Mas não se pode negar a verdade.

E a verdade é: o impossível não existe.