Um jogo com muitas entradas duras, poucas finalizações e qualidade técnica muito abaixo do considerado normal. Porém, nada mais importante para o torcedor da Ponte Preta do que o resultado obtido pelo time campineiro na noite desta segunda-feira (2). Em jogo válido pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série A 2017 e disputado no Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas/SP, a Macaca venceu o Flamengo por 1 a 0. O gol foi marcado por Jean Patrick, que precisou de sete minutos para balançar as redes e dar um triunfo importante ao clube paulista.

Com o resultado, a Macaca respira um pouco mais aliviado em relação ao rebaixamento, sobe para o 15º lugar, com 31 pontos ganhos, e deixa a zona da degola. Por outro lado, o rubro-negro carioca estaciona na sétima posição, com 39 pontos.

A próxima rodada será realizada daqui a dez dias por causa da realização das Eliminatórias para a Copa do Mundo 2018 e as equipes entram em campo às 17 horas da quinta-feira (12) com confrontos regionais. A Ponte Preta encara o Santos em mais um jogo no Moisés Lucarelli, enquanto o Flamengo encara o arquirrival Fluminense no Fla-Flu a ser disputado no Maracanã.

Foto: Alexandre Schneider|Getty Images

Muitas faltas, pouco futebol

Os dois times começaram a partida com a exploração das laterais para criar jogadas ofensivas e chegar às metas adversárias. A primeira boa chance de gol veio com os mandantes, quando Emerson Sheik passou por Renê, avançou e cruzou na medida para Lucca desviar de cabeça. A zaga não cortou e o centroavante desviou à direita de Diego Alves. A ótima oportunidade desperdiçada fez falta.

O Flamengo respondeu e quase abriu o marcador. Renê deu excelente cruzamento para Willian Arão, mas o volante errou o alvo no cabeceio. O time carioca, mesmo fora de casa, tinha mais posse de bola, tocava mais passes no meio de campo, se soltava na partida e tinha relativo domínio no jogo. Domínio apenas no sentido de ter a bola nos pés, mas faltou ofensividade. Por outro lado, a Macaca se posicionava em busca do contra-ataque.

Foram as duas chances de todo o primeiro tempo, que faltou finalizações objetivas e as 21 faltas cometidas pelas duas equipes protagonizaram a primeira etapa. Em um jogo de baixíssima qualidade técnica, pelo menos no primeiro tempo, faltou futebol.

Foto: Alexandre Schneider|Getty Images

Jean Patrick entra e garante vitória campineira

Na volta do intervalo, o técnico Eduardo Baptista tirou o estreante Jorge Mendoza, completamente apagado na etapa inicial, e promoveu a entrada de Jean Patrick com o objetivo de dar maior mobilidade ao time da casa e proporcionar mais jogadas e, consequentemente, abrir vantagem no placar. O segundo tempo começou bem mais movimentado que o primeiro por ter dois lances de perigo nos primeiros três minutos de jogo. Primeiro, a Ponte cobrou falta com Lucca e Diego Alves se esticou todo para evitar um golaço. Em seguida, Geuvânio deixou Lucas Paquetá livre, mas o atacante chutou por cima do gol.

Na resposta campineira, Jean Patrick fez valer a boa escolha do treinador quando foi decisivo em tão pouco tempo. Aos sete minutos, Nino Paraíba cruzou, Wendel ajeitou para Jean Patrick finalizar. A bola desviou em Réver, entrou no canto direito e o placar foi aberto em Campinas. O gol animou a Ponte Preta, que cresceu no segundo tempo e impossibilitou qualquer ação do Flamengo. Por isso, Reinaldo Rueda colocou Gabriel e Vinícius Júnior para partir em busca do empate.

Porém, o rubro-negro quase se complicou ainda mais na partida, quando Willian Arão recuou mal e Réver derrubou Lucca dentro da área. A arbitragem assinalou penalidade máxima aos 17 minutos. Porém, o centroavante bateu mal e Diego Alves destacou sua fama de defender pênaltis ao evitar que a vantagem dos mandantes fosse ampliada.

Se a entrada de Jean Patrick foi certeira, a de Naldo foi completamente o oposto. O meia substituiu Wendel aos 28 minutos para dar novo fôlego no meio de campo e controlar o jogo. Porém, oito minutos depois, o jogador foi em cheio com as travas da chuteira na perna de Vinícius Júnior e recebeu cartão vermelho direto pela entrada dura.

A reta final do jogo repetiu a primeira etapa. Muitas faltas, muitos cartões e pressão do Flamengo. Porém a quantidade de jogadores de qualidade no setor ofensivo rubro-negro foi inversamente proporcional aos chutes para buscar o empate. Finalizações ruins, que sequer ameaçavam o goleiro Aranha, pouco acionado em todo o jogo, garantiu a vitória da Ponte Preta, fundamental para aliviar um pouco a crise.

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Sobre o autor
Taynã Melo
Editor VAVEL Brasil