Pela última rodada da primeira fase da Copa São Paulo de Futebol Júnior, o São Paulo enfrentou o Capivariano na noite deste sábado (7). Ambos os times já classificados para segunda fase disputavam a liderança do Grupo 13.

O São Paulo que veio embalado após duas goleadas em cima de Genus e União Barbarense, era o favorito para a partida, mas já sabia o que viria pela frente, uma vez que o time de Capivari já é um velho conhecido do Tricolor Paulista. As equipes se enfrentaram na final do Campeonato Paulista sub-20 em novembro de 2016.

Apesar do favoritismo da equipe da capital, o adversário contou com o apoio da torcida que compareceu em peso no estádio. Com o jogo bastante elétrico, dificuldades para sair com a bola e confusão no final, o São Paulo bateu os donos da casa e classificou-se como primeiro no grupo. Classificado, o São Paulo terá como primeiro adversário a Chapecoense na próxima fase.

São Paulo domina a primeira etapa, mas encontra dificuldades

Os primeiros 45 minutos se iniciaram com o Tricolor comandando, o Leão tentava de todas as formas ter posse de bola, fazendo com que o início fosse bastante truncado. Muitas faltas e poucas chances na grande área marcaram a primeira etapa. 

A saída de bola do São Paulo era marcada de perto pelo Capivariano e somente com 15 minutos aconteceu um lance de perigo. Gabriel, camisa 19 da equipe do Morumbi, dominou na entrada da área e arriscou, a bola passou perto, trazendo perigo ao gol de Hudson. Em seguida, mais uma falta foi marcada, desta vez, destaque para o goleiro. Praxedes derrubou Caíque próximo à área, cartão amarelo para o jogador de Capivari, Frizzo cobrou e Hudson fez uma linda defesa.

Dois minutos depois, Gabriel não desperdiçou, recebeu um lançamento rasteiro e de carrinho empurrou para o fundo das redes. São Paulo 1 a 0.

Enquanto os visitantes atacavam e dominavam as posses de bola, os donos da casa jogavam defensivamente, mas um erro da zaga são-paulina abriu chances para o time de Capivari chegar com objetividade. Bill não deu bobeira, mandou uma bomba de perna esquerda e não deu chances para Lucas Paes. O lance gerou exaltação do comandante dos dois times e, após reclamações o juiz parou a partida para conversar e acalmar os ânimos dos treinadores. 

Se fora de campo tudo já estava tranquilo, dentro de campo a partida pegou fogo, com faltas duras e dribles os times iam tentando chegar ao segundo gol, mas quem levava a melhor era a equipe do Morumbi. Aos 31 minutos Léo Natel chutou, Hudson defendeu, no rebote Gabriel arriscou e a defesa adversária afastou. Minutos depois, Caíque recebeu de Luan, driblou o goleiro e chutou, em cima da linha Pablo impediu a virada. Destaque para o goleiro Hudson pelas belas defesas. 

Expulsão de Jardine e classificação confirmada 

Se a primeira etapa foi eletrizante, a segunda deixou a desejar. Com a partida morna o São Paulo errava muito e o Capivariano na pressa, acabava não aproveitando as chances que tinha, com isso, a maior posse de bola passou a ser dos donos da casa.Na primeira chance são-paulina, mais uma vez destaque para o goleiro Hudson. Léo Natel em cobrança de falta, bateu bem, mas o arqueiro espalmou para longe. 

Aos 65 minutos quase aconteceu a virada, Neto Alexandre dominou, arriscou de canhota, a zaga desviou, chance claríssima, mas o dia mesmo era do goleiro Hudson, aos 69 minutos, após bomba de Paulinho o arqueiro brilhou mais uma vez.

Os técnicos apostaram nas substituições para mudar a cara da partida, mas pouco se viu em campo. As melhores chances voltaram a aparecer somente aos 80 minutos, dos pés de Geovane saiu um chute que passou raspando a trave de Hudson.

Com a partida caminhando para os acréscimos, a Arena Capivari pegou fogo. Com 92 minutos, após cobrança de escanteio de Geovane, Hudson falhou estranhamente e deixou a bola entrar, ampliando o placar Tricolor.

Torcedores do Capivariano que se encontravam atrás do banco de reservas do São Paulo como forma de protesto, arremessaram um copo nos jogadores, enquanto isso, Jardine reclamava com a arbitragem, jogadores do São Paulo zombavam do adversário na reserva, o clima esquentou e a polícia teve que entrar em campo para evitar que a confusão se tornasse maior ainda. 

Por conta da confusão, André Jardine e um profissional do Capivariano foram expulsos de campo, o comandante são-paulino deixou o campo aplaudindo a torcida, irritando jogadores adversários que não gostaram e partiram para a agressão, a polícia militar se manteve em campo até todos se acalmarem. 

A bola rolou novamente, e não demorou muito para que o São Paulo matasse a partida, aos 98 minutos, Oliveira que entrou no lugar de Frizzo, arrematou de perna esquerda para o fundo do gol de Hudson, Tricolor Paulista 3 a 0. Irritados, torcedores do Capivariano passaram a arremessar objetos no gramado, fazendo com que o árbitro encerrasse a partida. 

Com a vitória, a equipe de Cotia assumiu a liderança do Grupo 13 com nove pontos, 15 gols e invencibilidade, já o Leão, terminou na segunda colocação, com seis pontos. 

Horas antes…

Um pouco antes na Arena Capivari, o Genus enfrentou o União Barbarense somente para cumprir tabela, já que as duas equipes não possuíam mais chances de classificação. O time de Santa Bárbara venceu a partida por 4 a 2 e deixou a competição em terceiro lugar no Grupo 13.