Um Ba-Vi à altura. Um clássico com muitas oportunidades de gol, confusão, expulsão, falta parcial de energia elétrica e virada. Esta virada garantiu o vencedor do principal jogo do futebol baiano. Pela primeira semifinal da Copa do Nordeste, em jogo disputado na noite desta quinta-feira (27), no Barradão, em Salvador/BA, o Vitória levou a melhor e derrotou o Bahia por 2 a 1. Edson abriu o marcador para o Tricolor de Aço, mas Euller e André Lima marcaram os tentos que garantiram o triunfo rubro-negro.

Com o resultado, o Leão da Barra manteve o tabu de não ser derrotado pelo arquirrival em seus domínios há seis anos, desde a semifinal do Campeonato Baiano de 2011. Para o segundo e decisivo confronto, os rubro-negros avançam à decisão com qualquer empate. Ao Tricolor, resta vencer de maneira simples ou por dois gols de vantagem. Vitória pelo mesmo placar do confronto desta noite leva a disputa às penalidades máximas. O segundo Ba-Vi do Nordestão será realizado neste domingo (30), às 16 horas, na Arena Fonte Nova, com a presença apenas de torcedores do Bahia.

Primeiro tempo de muitas oportunidades, expulsão e confusão

O Bahia começou o primeiro tempo com mais posse de bola, disposto a buscar o resultado positivo e ter mais tranquilidade no clássico. A estratégia inicial deu certo logo aos quatro minutos, quando Edson subiu mais alto que todos após cobrança de escanteio e desviou de cabeça para abrir o marcador.

(Foto: Felipe Oliveira/Divulgação/EC Bahia)

O jogo ficou mais equilibrado e os ânimos começaram a ficar exaltados. As faíscas saíram após dividida entre David e Hernane Brocador, mas a confusão foi intensificada aos 19 minutos. Um minuto após entrar em campo, o atacante Gustavo foi expulso. Em dividida com o zagueiro Kanu, Gustavo deixou o cotovelo e atingiu o defensor. Titulares e reservas das duas equipes entraram em campo e iniciaram a confusão generalizada.

O clima entre os jogadores continuou exaltado mesmo com o fim do entrevero. Com um a menos, o Bahia se concentrou em levar perigo nos contra-ataques, e quase conseguiu com Allione, que recebeu passe de Armero e tentou encobrir o goleiro Fernando Miguel, mas errou o alvo. O Vitória começou a dominar o jogo e aproveitar a superioridade numérica para empatar o jogo. Na primeira real chance de perigo, Cleiton Xavier quase marcou ao testar com perigo. Aos 37, veio o empate. Depois da zaga tricolor rebater errado, Jean saiu mal do gol e Euller ficou com a sobra para cabecear e balançar as redes.

A reta final do primeiro tempo foi bastante movimentada, principalmente com os donos da casa na mira da virada ainda na etapa inicial, e isso quase aconteceu em dois lances seguidos. Willian Farias arriscou de longe e acertou o travessão. Logo depois, o goleiro Jean saiu errado mais uma vez, mas Euller não aproveitou a oportunidade e errou o alvo, mesmo com o gol vazio. O Esquadrão respondeu com Allione, que emendou finalização de fora da área e a pelota bateu na trave.

(Foto: Felipe Oliveira/Divulgação/EC Bahia)

Virada rubro-negra e apagão no segundo tempo

A superioridade numérica, o mando de campo e o incentivo do torcedor foram os ingredientes principais para o Vitória continuar no campo de ataque no começo da segunda etapa e buscar a virada. E deu certo o plano. Aos seis minutos, após a terceira cobrança consecutiva de escanteio, André Lima ficou com a sobra na pequena área, arriscou e virou o marcador. 

O Bahia continuava à espera do contra-ataque por ter um jogador a menos. Mesmo eficiente no posicionamento defensivo para evitar dar brechas ao oponente, o nervosismo atrapalhava a sequência das jogadas. Quando acertou o ataque, foi barrado pela defesa ou errou o alvo. Zé Rafael e Edigar Junio tabelaram bem na entrada da área, mas o meia demorou para finalizar e mandou por cima. O Vitória respondeu, quando David bateu de primeira, mas a bola foi longe da meta.

(Foto: Felipe Oliveira/Divulgação/EC Bahia)

Com o passar do tempo, o Vitória manteve a posse de bola, mas não era tão objetivo em ampliar a vantagem, enquanto o Bahia tentava encontrar uma bola que desse certo para trabalhar no campo ofensivo e conseguir a superação de igualar com dez jogadores em campo. Aos 40 minutos, duas torres no Barradão apagaram, o que resultou na queda parcial no fornecimento de energia elétrica. O jogo ficou paralisado por 22 minutos e o Leão da Barra quase marcou seu terceiro tento, mas o chute de Willian Farias foi por cima da meta de Jean, o que encerrou o clássico.

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Sobre o autor
Taynã Melo
Editor VAVEL Brasil