A temporada 2016 do campeonato mundial de Fórmula 1 começou, e carros e pilotos já estão acelerando no Circuito de Albert Park, em Melbourne - Austrália. Se você ainda não está por dentro das mudanças, novidades e confirmações, segue abaixo um resumão. Corre que ainda da tempo de entender tudo antes do treino classificatório deste sábado, as 3am. 

Equipes: a novata e a sobrevivente

Não é nenhum segredo que a americana Haas chegou botando para quebrar. Com investimento bilionário vindo de seu proprietário e apoio de um dos motores mais forte, proporcionado pela Ferrari, a Haas fará seu debute a bordo do motor do cavalinho preto na mais nova versão 2016. O francês Romain Grosjean (ex-Lotus) foi contrato para aumentar ainda mais o clima de surpresas proporcionadas pela equipe americana.

A Manor Racing (ex-Marussia), que sobreviveu ao acidente fatal de Jules Bianchi, no Japão, no final de 2014, manteve-se firme em 2015 com um orçamento mínimo mantido pelo seu novo proprietário, Stephen Fitzpatrick, porém, perdeu parte da inteligência da equipe quando John Booth e Graeme Lowdon, pediram demissão. A luz no fim do túnel chegou com os motores Mercedes para 2016, e a Manor espera finalmente um grande trunfo para o futuro.

Renault ... sem delongas, retorna utilizando seu próprio nome, após a aquisição da Lotus.

Pilotos: Três contratações e dois fantasmas

Três pilotos são debutantes no grid da Fórmula 1 e outros dois ressuscitados após estarem fora da lista em 2015.

O recém chegado da GP2, Rio Haryanto é o primeiro piloto Indonésio da história da F1, iniciando a carreira na Manor Racing, ele será parceiro do alemão Pascal Wehrlein, que em 2015 foi piloto reserva da Mercedes. Também novato, o britânico Jolyon Palmer começa a temporada a bordo de uma Renault e terá como companheiro de equipe o então afastado Kevin Magnussen, que fez sua última temporada completa em 2014 com a McLaren. Finalmente, Esteban Gutiérrez retorna para a lista de pilotos da Formula 1, contratado pela Haas o mexicano começou na F1 com a Sauber (2013-2014) e, em seguida, tornou-se piloto reserva da Ferrari por todo ano temporada de 2015.

Pneus: mais um composto, mais escolhas, mais estratégias?

A Pirelli irá fornecer três tipos de pneus "slicks" - para condições de pista seca - em cada GP - em vez de dois como aconteceu nos anos anteriores , sendo assim, agora serão cinco compostos validos para temporada 2016.

Cada piloto deverá escolher -  várias semanas antes da corrida - dentro dos compostos impostos pela Pirelli quais ele pretende utilizar, e será obrigado a utiliza-los. O pneu de composto mais eficiente deverá ser utilizado no Q3, no final da fase de classificação, no sábado. A quantidade de jogos de pneus mante-se inalterada, sendo 13 jogos de pneus "slicks" para todo o fim de semana, além quatro conjuntos de pneus intermédios e três conjuntos de pneus para chuva, que deverão ser nomeados e marcados previamente com o nome de cada piloto. Finalmente, para alguns GPs, o novo composto ultra-suave estará disponível. Testado em Barcelona neste inverno, ele é ideal para a classificação em circuitos de rua.

Motores: 25% de barulho a mais?

Os motores híbridos V6 turbo, que chegaram em 2014, foram alvo de muitas reclamações onde o motivo era a falta de barulho, especialmente para os fãs dos V12 Ferrari que perfuravam tímpanos. Demorou dois anos, mas encontrou-se uma solução: saídas de escape duplas, que fornecerão 25% mais decibéis. Outra mudança surge por conta do número maior de corridas, com 21 datas programadas, cada piloto terá direito a uma cota de cinco motores para a temporada, sem qualquer penalidade. Somou-se um motor a quantidade do ano passado.

Cockpits e segurança: mais sólidos

As paredes laterais do cockpit foram reforçadas em 20 mm e para suportar uma força de impacto de 50 kilo-Newtons (em vez de 15 kN). Cada carro terá agora instalada uma câmera de alta definição para a análise detalhada de acidentes. O carro de segurança virtual (VSC), que permite a imediata e eficaz desaceleração de todos os carros após algum acontecimento incomum durante a corrida, continuará a ser utilizado e ajudará a penalizar fortemente os pilotos que não tenham respeitado o limite de velocidade indicada em toda a pista ou num trecho do circuito e que possa colocar em risco qualquer pessoa. Além da segurança "real" do carro, o VSC pode intervir a qualquer momento na pista, para desacelerar fisicamente o carro.

Possivelmente, o "halo", a cabine semi-fechada feita de um tripé de carbono, chegue apenas em 2017, a ideia foi testada rapidamente por Kimi Raikkonen, em Barcelona.

Classificação e eliminação direta

Ao contrário de anos anteriores, não precisaremos esperar o fim do Q1, Q2, ou Q3, para ver quais pilotos serão eliminados. Agora, após metade de cada uma das três partes do treino (Q1 / Q2 / Q3), os pilotos mais lentos começarão a serem eliminados um após o outro, a cada 90 segundos. No final do Q3, restarão apenas os dois mais rápidos, que obrigatoriamente utilizarão seus pneus de compostos macios para perseguir a pole position. Alguns pilotos acharam o novo esquema de classificação muito complicado, menos o Alonso.

Agora ficou fácil né? 

Não perca o treino classificatório para o grid de largada que acontece na madrugada de sexta para sábado, às 3h da manhã.