No duelo entre a indústria paulista e o comércio carioca, quem produz levou a melhor sobre quem vende. Na noite desta terça-feira (10), o Sesi derrotou novamente o Sesc-RJ, desta vez, na Arena da Barra, por 3 sets a 0, fazendo 2 a 0 na melhor de cinco jogos. Parciais de 29 a 27, 25 a 22 e 26 a 24. O levantador William levou o troféu VivaVôlei de melhor jogador em quadra.

O jogo que pode fechar o confronto também será na Arena da Barra, no próximo sábado (14), a partir das 15h. Caso vença novamente, o time paulista garante sua vaga na final. Aos cariocas, só resta vencer os três próximos jogos, no melhor estilo "Eu Acredito!", para ser finalista.

Primeiro set

Mesmo sendo na Arena da Barra, o Sesi começou se sentindo em casa. Bem defensivamente, caprichando na recepção, o time paulista obrigava o Sesc a explorar o bloqueio. Até que PV se encontrasse no set. Achando uma cratera no meio da quadra, o oposto abriu em 8 a 5 para os cariocas, sendo destes oito, quatro pontos de sua autoria. Do outro lado, o meio-de-rede Lucão se destacava e elevava a moral dos visitantes.

Quando o treinador do Sesi, Rubinho, pediu um desafio de toque na rede do João Rafael, o placar se igualou em 16 pontos. O empate levantou a auto-estima dos paulistas e, ao mesmo tempo, deu um choque no Sesc. Com os dois times em nível elevado de qualidade, natural que o placar fosse além dos 25 pontos. Em uma falha de Thiaguinho, cometendo dois toques, 29 a 27 para a equipe de São Paulo e 1 a 0 no marcador.

Segundo set

Assim como na primeira parte, o segundo set principiou-se dominado pelo Sesi. Espetacular na defesa, no sétimo ponto dos paulistas, foram três bloqueios em sequência. Ofensivamente, os ponteiros se destacavam. Douglas Souza, no time paulista, se apresentava muito bem. Pelo Sesc, tanto atacando quanto nos gritos de incentivo, Maurício Borges era o ponto de luz.

Encaixada no jeito de fazer seu voleibol fluir, a equipe de São Paulo construía o jogo ao seu modo. Para tentar mudar o panorama, Everaldo entrou como levantador do lado carioca, substituindo Thiaguinho. A alteração remontou o ataque do Sesc, melhorando o passe final. Mas, o estrago já estava feito. Na largada de Alan, 25 a 22 para os visitantes e 2 a 0 no placar.

Terceiro set

Diferente dos outros dois sets, pressionado pela necessidade de manter-se vivo no jogo, o Sesc partiu na dianteira. Demonstrando um equilíbrio maior, era ponto de um lado, ponto do outro. Não havia a disparada. Mantido como levantador, Everaldo explorava bastante PV, maior pontuador carioca no jogo. O entrosamento antigo, desde os tempos de Volta Redonda, se mostrava como a arma mais eficiente. No Sesi, Lucão dividia ao meio a quadra dos donos da casa.

Outro cara que estava com o braço pesado era o ponteiro Lipe. Bola que chegava nele, virava ponto. Demonstrando garra, o time do Rio de Janeiro não esmorecia. Quando o score era 19 a 17 para o Sesc, Rubinho pediu tempo, e calma para seus comandados. Assim como no primeiro set, a marca de 25 pontos foi rompida. Alan, em dois aces, fechou o jogo para o Sesi em 26 a 24 e 3 sets a 0.