A construção de uma jogada de vôlei passa, basicamente, por um saque, uma recepção, um levantamento e um ataque. A evolução gradativa do "gol" das quadras é capaz de encher os olhos dos amantes da modalidade, que viram muitos desses lances em 2017. Mas, apesar do limite das quatro linhas terem rendido boas tramas, fora delas também aconteceram inúmeros episódios.

Com o ano chegando ao fim, vem logo a pergunta: quais assuntos pautaram o vôlei brasileiro em 2017? Pensando nisso, a VAVEL Brasil reuniu alguns dos principais acontecimentos da modalidade dentro e fora das quadras. Se 2017 fosse uma partida de vôlei, certamente o saque final estaria sendo dado neste domingo (31), e por isso, chegou a hora de relembrar os saques passados.

Fotomontagem: Isabelly Morais/VAVEL Brasil

Bernardinho deixa comando da Seleção Masculina após 16 anos

O desgaste já existia. Afinal, foram quase 16 anos no comando da Seleção Masculina de vôlei. Mas foi em janeiro que saiu a decisão oficial: Bernardinho não era mais técnico do time verde e amarelo. Em seu lugar, assumiu Renan Dal Zotto, diretor de seleções até os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. No período em que esteve à frente da Seleção, Bernardinho conquistou dois ouros olímpicos (2004 e 2016), duas pratas (2008 e 2012) e três títulos mundiais (2002, 2006 e 2010), além de oito Ligas Mundiais. Com a Seleção Feminina, faturou dois bronzes olímpicos (1996 e 2000).

Copa do Brasil de vôlei: Taubaté e Rio de Janeiro levam as edições de 2017

Ainda em janeiro, o Taubaté venceu o Sesi-SP por 3 a 0 na decisão da Copa do Brasil e levou o bicampeonato do torneio. Na grande final, a equipe vencedora não contou com um de seus destaques, o ponteiro Lucarelli, que se machucou na etapa anterior. O Taubaté passou pelo Campinas na semifinal, ao passo que o Sesi bateu o Sada Cruzeiro. 

No caso das meninas, deu Rio de Janeiro. A equipe carioca enfrentou o Camponesa/Minas e teve certa tranquilidade para bater as mineiras por 3 sets a 0: 25/15, 25/21 e 25/20. Essa foi a terceira conquista do agora Sesc RJ, que já havia vencido o torneio em 2007 e 2016. Os três títulos cariocas deixaram o time como o maior vencedor da Copa do Brasil, ultrapassando o Osasco, que tem duas taças.

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Final brasileira: Praia Clube e Rio de Janeiro decidem título do Sul-Americano

O predomínio do vôlei brasileiro na América do Sul ficou mais uma vez evidente na finalíssima do Sul-Americano Feminino de 2017. Quarenta  e sete anos após o surgimento da liga - com exceção de um hiato entre 2003 e 2008, quando não foi disputado o torneio -, pela 12º vez na história dois clubes brasileiros duelaram pelo troféu mais cobiçado do continente. A edição deste ano também teve um sabor especial para uma das equipes finalistas. O Praia Clube debutou no campeonato em busca de seu primeiro título de expressão.

Apesar de chegar à decisão, o time mineiro acabou derrotado pela equipe do Rio de Janeiro por 3 sets a 1 (25/19, 20/25, 25/19 e 25/10). As cariocas sagraram-se tetracampeãs do torneio. Uma curiosidade sobre a competição é que todos os campeões até esta edição foram times brasileiros.

Sada Cruzeiro vence Sul-Americano pela quarta vez

O Campeonato Sul-Americano Masculino de 2017 aconteceu em Montes Claros, cidade do norte de Minas Gerais. Em seu estado, o Sada Cruzeiro levou o torneio ao derrotar o argentino Bolívar na final por 3 sets a 0, com parciais bem ajustadas: 26/24, 25/23 e 25/23. Esse foi o quarto título celeste da principal competição interclubes de vôlei do continente, porque a equipe já havia vencido em 2012, 2014 e 2016.

Fotomontagem: Isabelly Morais/VAVEL Brasil

Atletas reprovam alterações no ranking da Superliga e vão à Justiça contra CBV

O ranking de pontuação das atletas que disputam a Superliga, implantado em 1993/92, gera polêmica a cada atualização. Nesta temporada, com isso, não foi diferente. Apesar da retirada do limite de pontos por equipe na competição, a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) manteve o limite de duas atletas com sete pontos por time, o que gerou protesto das jogadoras com pontuação máxima.

Em nota divulgada à imprensa, Thaisa, Sheilla, Dani Lins, Jaqueline, Natália, Fabiana e Fernanda Garay manifestaram repúdio à decisão da Confederação - campeãs olímpicas, as jogadoras possuem pontuação máxima. As atletas denunciaram a falta de diálogo e por isso foram à Justiça contra a CBV. O objetivo é acabar com o ranking, que, segundo elas, é ineficaz e só gera desvantagem, como a diminuição de mercado às atletas com pontuações mais altas. 

Fotomontagem: Isabelly Morais/VAVEL Brasil

Hegemonia mantida: Rio de Janeiro conquista Superliga Feminina pela 12ª vez

A decisão da Superliga Feminina 2016/2017 ocorreu com a reedição de um confronto bastante conhecido pelos fãs do vôlei brasileiro. Rio de Janeiro e Osasco fizeram a 11ª primeira final entre as equipes na história da competição nacional. O roteiro de mais um clássico entre os maiores clubes do esporte no Brasil não poderia ser diferente.

Em um jogo eletrizante, a equipe carioca manteve a supremacia e conquistou seu oitavo título em cima do rival paulista ao vencer a partida pelo placar de 3 sets a 2 (25/19, 22/25, 25/22, 18/25 e 15/6). Assim, o Rio chegou ao seu 12º caneco e aumentou a hegemonia e a diferença para o rival, segundo maior campeão da competição com cinco títulos conquistados.

Central Thaísa sofre grave lesão jogando por equipe turca

No começo de abril, a central Thaísa sofreu uma grave lesão quando defendia o Eczasibasi Vitra (TUR) contra o Fenerbahce, pelas quartas de final da Liga dos Campeões. No lance, a bicampeã olímpica com o Brasil em 2008 e 2012 saltou para bloquear, mas caiu de mal jeito e machucou o tornozelo. A cena foi assustadora para as jogadoras em quadra, que demonstraram semblantes de extrema preocupação.

Foto: Divulgação/ProxEczacibasi

A grave lesão no tornozelo, porém, fez explodir outro problema. A jogadora vinha sentindo dores fortes no joelho, mas se mantendo à base de remédios. Com a parada obrigatória, a central precisou realizar uma cirurgia no joelho, o que aconteceu em 6 de junho. Em novembro, a jogadora acertou com o Barueri por empréstimo, equipe na qual vai ficar até o fim da temporada 2017/18. O vínculo com o time brasileiro aconteceu no período de reabilitação da atleta, que só deve retornar às quadras em 2018.

Fotomontagem: Isabelly Morais/VAVEL Brasil

Soberano, Sada Cruzeiro fatura penta da Superliga Masculina

O Sada Cruzeiro, equipe mais vitoriosa da história do vôlei brasileiro, ergueu seu segundo troféu de 2017 no mês de maio. Dessa vez, foi a taça mais cobiçada por um clube em terras brasileiras: o da Superliga. A equipe mineira venceu o Taubaté por 3 sets a 1 no ginásio Mineirinho lotado, em Belo Horizonte, e ficou com o penta. O time celeste foi campeão nas temporadas 2011/12, 2013/14, 2014/15, 2015/16 e 2016/17.

O Cruzeiro terminou a fase classificatória da Superliga 2016/17 com 21 vitórias em 22 jogos. A única derrota da equipe aconteceu para o Taubaté, em duelo que Marcelo Méndez mandou um time alternativo para a quadra porque já havia garantido o primeiro lugar da tabela. No dia 7 de maio, portanto, a decisão do torneio só deixou nas mãos do melhor time do país a taça da competição que ele mesmo dominou.

Após conquistar Superliga, Rio de Janeiro perde decisão do Mundial de Clubes

Enquanto o Mundial de Clubes de vôlei masculino aconteceu apenas em dezembro, a versão feminina foi realizada em maio. Os representantes brasileiros foram o Osasco e o Rio de Janeiro, mas nenhum deles conseguiu o título para o país. As paulistas terminaram em terceiro no grupo B e não chegaram à semi, diferentemente das cariocas, que ficaram em segundo no grupo A e avançaram.

Na semifinal, o Rio venceu o Volero Zurich, da Suíça, classificando-se para a decisão. O potente VakifBank caiu no percurso carioca na final, mas o enredo não foi bom para as brasileiras. O time turno fez 3 a 0 nas meninas de Bernardinho, levando o Mundial de Clubes de 2017.

Fotomontagem: Isabelly Morais/VAVEL Brasil

Renovada, Seleção Feminina bate Alemanha e conquista Torneio Montreux Masters

Após a queda nas quartas de final da Olímpiada do Rio, o sentimento era de que a Seleção Brasileira Feminina precisava de renovação. As experientes Fabiana e Sheilla anunciaram aposentadoria, enquanto Dani Lins e Thaísa se afastaram por motivos particulares. Já Fernanda Garay pediu dispensa. Com isso, apenas três campeãs olímpicas iniciaram o novo ciclo olímpico: Tandara, Natália e Adenízia.

O primeiro desafio de 2017 foi o Torneio Montreux Masters, na Suíça. Com um grupo contendo dez jogadoras abaixo de 24 anos de idade, o Brasil superou as dificuldades causadas pela falta de entrosamento e venceu o primeiro título da temporada. A vitória por 3 sets a 0 sobre a Alemanha na decisão deu confiança para prosseguimento do time.

Primeira Fase
06/06 - Brasil 3 x 1 Polônia (25/20, 21/25, 25/23 e 26/24)
07/06 - Brasil 2 x 3 Alemanha (17/25, 25/20, 22/25, 25/23 e 13/15)
09/06 - Brasil 3 x 1 Tailândia (25/16, 24/26, 25/17 e 25/14)

Semifinal
10/06 - Brasil 3 x 1 China (25/17, 25/22, 27/29 e 25/16)

Final
11/06 - Brasil 3 x 0 Alemanha (25/21, 25/18 e 25/20)

Fotomontagem: Isabelly Morais/VAVEL Brasil

Na Arena da Baixada, Brasil para em Ngapeth e fica com o vice da Liga Mundial

O palco estava pronto e a torcida louca para fazer a festa. No entanto, a esperada décima medalha de ouro da Liga Mundial não veio. Pela quinta vez nos últimos sete anos, a Seleção Brasileira ficou apenas com o vice-campeonato, em que pese ainda seja o maior vencedor do torneio (nove títulos). Pela segunda vez na história, a segunda vez em solo brasileiro, a França comemorou a conquista.

Ngapeth foi o nome da Liga Mundial (Foto: Alexandre Schneider/Getty Images South America)

Os 23 mil torcedores que compareceram à Arena da Baixada viram a Seleção Brasileira sair na frente, mas se perder nos dois sets seguintes. Com o apoio da torcida e o crescimento de Wallace e Lucarelli (22 pontos cada), o time comandado por Renan Dal Zotto fechou o quarto set, levando a decisão para o tie-break. Mas, com um show de Earvin Ngapeth, que marcou 29 pontos, os franceses tiveram frieza para fechar o set e conquistar o título.

Fotomontagem: Isabelly Morais/VAVEL Brasil

Desacreditada no início, Seleção Feminina conquista Grand Prix pela 12 vez  

A maior competição entre seleções nacionais do voleibol feminino tem uma hegemonia verde e amarela quase inalcançável. Trata-se do Grand Prix, torneio que tem o Brasil como maior vencedor. A 12ª conquista brasileira foi alcançada em agosto deste ano, com as comandadas de José Roberto Guimarães batendo a Itália por 3 sets a 2 na decisão. O título marcou o novo ciclo que vive a Seleção, com caras novas como Rosamaria, Roberta e Carol. Em quadra, as únicas com mais experiência foram Tandara, Adenízia e Natália, o que indica uma nova safra de jogadoras com a Amarelinha.

O Brasil faturou o Grand Prix de 2017 (Foto: Zhong Zhi/Getty Images AsiaPac)

Em Sul-Americano de seleções, Brasil mantém hegemonia 

O Campeonato Sul-Americano de vôlei masculino entre seleções foi disputado 32 vezes, com 31 conquistas do Brasil. O outro título é da Argentina, levado em 1964, ano que a equipe brasileira esteve ausente. Com tudo isso, a edição de 2017 foi vencida, obviamente, pelo time verde e amarelo, que bateu a Venezuela na decisão por 3 sets a 0 - parciais de 25/21, 25/6, 25/18. Em agosto, o Brasil levantou a taça do Sul-Americano sem ter perdido um set sequer no torneio. Esse foi o primeiro título do técnico Renan Dal Zotto à frente da Seleção, comandante que está sucedendo Bernardinho.

No mesmo mês, foi a vez das meninas repetirem o feito dos rapazes. Assim como no caso masculino, em que há apenas dois vencedores, no feminino também. O Brasil levou o torneio 20 vezes com as mulheres em quadra, ao passo que o Peru sagrou-se campeão em 12 oportunidades, totalizando 32 edições. Neste ano, a Seleção Brasileira bateu a Colômbia por 3 a 0 na final e conquistou sua 12ª taça consecutiva no Sul-Americano.

Fotomontagem: Isabelly Morais/VAVEL Brasil

Brasil ganha Copa dos Campeões

As equipes participantes da Copa do Campeões se enfrentaram em sistema de pontos corridos, em que os dois primeiros confrontos do time brasileiro reservavam grandes emoções. A França, algoz na final da Liga Mundial, foi batida com facilidade: 3 a 0. Já a Itália, medalha de prata na Olimpíada do Rio, “deu o troco” na Seleção Brasileira e venceu a partida no tie-break. Nos jogos seguintes, a equipe de Dal Zotto não se deixou surpreender. Com a vitória sobre o Japão na última rodada, veio a confirmação do título.

Realizada de quatro em quatro anos, a Copa dos Campeões tem o Brasil no lugar mais alto do pódio há 16 anos seguidos: este foi o quarto título consecutivo do time verde e amarelo na competição, ampliando, cada vez mais, o seu domínio. Ao todo, são cinco títulos brasileiros.

  • Primeira rodada (12/09)

  • França 0 x 3 Brasil parciais: 25/27, 25/27 e 22/25

  • Segunda rodada (13/09)

  • Brasil 2 x 3 Itália - parciais: 25/15, 25/27, 25/27, 25/18 e 12/15

  • Terceira rodada (15/09)

  • Irã 0 x 3 Brasil - parciais: 22/25, 19/25 e 15/25

  • Quarta rodada (16/09)

  • EUA 2 x 3 Brasil - parciais: 26/28, 25/15, 20/25, 25/22 e 13/15

  • Quinta rodada (17/09)

  • Brasil 3 x 0 Japão - parciais: 25/17, 25/15 e 25/22

  • Fotomontagem: Isabelly Morais/VAVEL Brasil

Sem novidades! Equipes favoritas conquistam os principais estaduais do país

Os campeonatos estaduais são importantes para as equipes, pois, além de servirem de preparação para a Superliga, fomentam a rivalidade local. Como de costume, não houve grandes surpresas nas decisões dos principais torneios do país. A maior delas foi a presença do Corinthians/Guarulhos na decisão do Paulista Masculino.

A equipe criada em maio deste ano chegou à final, mas acabou superada pelo Taubaté, que conquistou o ouro pela quarta vez seguida. No naipe feminino, a hegemonia também foi mantida: Taubaté hexacampeão do paulista. A vítima desta vez foi o Hinode Barueri, que, assim como o Corinthians, chegou pela primeira vez a uma decisão.

O Taubaté levou o Paulista de 2017 (Foto: Divulgação)

Em Minas Gerais, o estadual feminino voltou ao cenário regional após não ter acontecido em 2016. Com apenas três times na disputa (Praia Clube, Camponesa/Minas e Vôlei Itabirito), a equipe da Rua da Bahia superou o principal rival e conquistou a taça, o que não acontecia desde 2003. Já no masculino, pela nona vez em sua história, o Sada Cruzeiro ergueu o troféu de campeão. Na decisão diante do Minas, uma vitória por 3 sets a 1 deu o título ao time estrelado.

No Rio de Janeiro, o Sesc superou o Fluminense em duelo com contornos de revanche, e levantou o troféu pela 13ª vez. No masculino, Botafogo e Sesc-RJ também reeditaram a decisão de 2016. Novamente o time comandado pelo campeoníssimo Giovane Gávio levou a melhor.

Representantes da Superliga, Sada Cruzeiro e Rio de Janeiro vencem Supercopa

A Supercopa de vôlei confronta os campeões da Superliga e da Copa do Brasil. No caso das mulheres em 2017, o Rio de Janeiro foi o vencedor de ambos os torneios, o que levou o Camponesa/Minas, vice da Copa do Brasil, à decisão da Supercopa com o time carioca. Assim como na competição de janeiro, o Rio voltou a vencer as mineiras, desta vez com mais dificuldade. Em duelo realizado no mês de outubro, as meninas de Bernardinho venceram o Minas por 3 sets a 2 e levaram a Supercopa pela terceira vez.

Na versão masculina, o Sada Cruzeiro, campeão da Superliga, enfrentou o Taubaté, que levou a Copa do Brasil de 2017. Em Fortaleza, os mineiros bateram os paulistas por 3 sets a 1 de virada, repetindo o placar da decisão da principal competição de vôlei do país. Até hoje, foram disputadas três edições da Supercopa Masculina, todas elas vencidas pelo Cruzeiro.

Fotomontagem: Isabelly Morais/VAVEL Brasil

Ponteiro titular da Seleção, Lucarelli sofre grave lesão 

Destaque do Taubaté ao lado do oposto Wallace, o ponteiro Lucarelli sofreu uma grave lesão no tendão de Aquiles em novembro, o que o tirou da fase de classificação da Superliga. A presença do jogador ainda é dúvida até para os playoffs caso o time paulista avance. O atleta se machucou no jogo contra o Campinas, pela oitava rodada da competição e já realizou cirurgia no local da lesão.

Taubaté encerra invencibilidade do Cruzeiro após 238 dias

Pela participação no Mundial de Clubes de vôlei em dezembro, o Cruzeiro antecipou algumas partidas pela Superliga Masculina. Uma delas foi contra o Taubaté, duelo que aconteceu em 1º de novembro. A equipe paulista fez 3 a 2 para cima dos mineiros, encerrando uma invencibilidade que já durava 238 dias pelos lados da equipe celeste.

Curiosamente, a última derrota do Cruzeiro tinha sido também para o Taubaté, no dia 8 de março, pela Superliga passada. Na ocasião, Marcelo Mendez levou um time reserva para a quadra porque já havia garantido o primeiro lugar geral da fase classificatória - dos titulares, apenas Filipe atuou Além das duas derrotas para o Taubaté, a Raposa perdeu para Sesi na Copa do Brasil, Lube Civitanova e Zenit Kazan, no Mundial, em 2017.

Fotomontagem: Isabelly Morais/VAVEL Brasil

Primeira transexual na história da Superliga, Tifanny Abreu estreia pelo Bauru

Liberada pela FIVB (Federação Internacional de Vôlei) para atuar no voleibol feminino brasileiro, a ponteira Tiffany Abreu se tornou a primeira mulher transgênero a disputar uma partida pela Superliga Feminina. No dia 10 de dezembro, Tiffany entrou em quadra pelo Vôlei Bauru, e, mesmo com a derrota para o São Caetano por 3 sets a 2, foi um dos destaques do jogo, anotando 15 pontos. 

Diante do Pinheiros, na rodada seguinte, Tiffany teve 25 acertos. Já na último jogo do ano, a ponteira marcou 30 pontos contra o Fluminense. Com apenas três partidas, a atleta já tem a maior média do torneio, com 23,3 por jogo, tendo anotado 70 pontos. Tandara, do Osasco, detentora da maior média no total, vem em seguida com 19/por jogo.

Foto: Divulgação/Vôlei Bauru

Após suspensão de oito meses por doping, Murilo volta ao vôlei como líbero

Afastado das quadras desde maio, quando foi flagrado em um exame antidoping surpresa que apontou a substância proibida furosemida em seu sangue, Murilo Endres retornou ao vôlei em grande estilo. Por conta dos problemas no ombro, o jogador de 36 anos deixou a posição de ponteiro para atuar como líbero. Na reestreia pelo Sesi, vitória sobre o Sesc-RJ, por 3 a 1, em partida válida pela Superliga.

Foto: William Lucas/Inovafoto/CBV

Sem tetra! Cruzeiro fica apenas com terceiro lugar do Mundial de Clubes

O Cruzeiro poderia ter fechado o ano com mais uma conquista além de Superliga, Sul-Americano, Mineiro e Supercopa: o Mundial de Clubes. A equipe celeste entrou no torneio defendendo o título, mas perdeu na estreia para o italiano Lube Civitanova, equipe do ponteiro cubano Juantorena e do oposto búlgaro Sokolov, e acabou avançando para a semifinal em segundo no grupo A.

Com isso, o time celeste enfrentou o clube mais forte do grupo B, o Zenit Kazan (RUS). Os russos foram os adversários da Raposa nas duas últimas edições do Mundial, ambas vencidas pelos mineiros. Em 2017, no entanto, o Zenit bateu a equipe azul e branca na semi, sendo campeão logo em seguida. Ao Cruzeiro, restou o terceiro lugar, conquistado para cima do Belchatow. O time de Marcelo Mendez venceu o maior campeonato interclubes de vôlei do mundo em 2013, 2015 e 2016.