Quinze dias depois do GP da Áustria, a caravana da Formula 1 chegava às margens do Mar do Norte para participar no GP da Holanda, a 12ª prova do mundial de 1979. Com Alan Jones a conseguir a sua segunda vitória consecutiva em Zeltweg, ele tinha dado um pulo na classificação geral, chegando aos 25 pontos e o quarto lugar, apenas menos treze do que o líder, o sul-africano Jody Scheckter, e não muito longe de Gilles Villeneuve e Jacques Laffite, ambos no segundo posto, com 32 pontos cada um.

Apesar da entrada em cena da Williams, outra equipa tinha dado nas vistas na qualificação: a Renault. A pole-position tinha caído ao colo de René Arnoux, tendo ao seu lado o australiano Alan Jones no seu Williams. Na segunda fila estavam o Williams de Clay Regazzoni e o Renault de Jean-Pierre Jabouille, enquanto que na terceira fila estavam os dois Ferraris de Scheckter e Villeneuve. A quarta fila pertencia ao Ligier de Jacques Laffite e ao Wolf de Keke Rosberg, enquanto que a fechar o “top ten” tinha ficado o Brabham-Alfa Romeo de Niki Lauda e o Tyrrell de Didier Pironi, que ficara na frente do segundo Brabham-Alfa Romeo de Nelson Piquet. Emerson Fittipaldi era o 21º a partir no seu Copersucar, enquanto que Arturo Merzário e Patrick Gaillard, no seu Ensign, não conseguiram qualificar-se.

O relato da corrida

A corrida começa com uma má partida de Arnoux, que Jones aproveita para chegar ao primeiro lugar. Entretanto, no meio da confusão, o outro Williams de Regazzoni bate em Arnoux e ambos abandonam. Quem beneficia de tudo isto Gilles Villeneuve, que passa Jabouille e um Scheckter que cai para o último posto, (afectado pelos destroços dos dois carros) e chega à segunda posição. Até à décima volta, Villeneuve persegue Jones para alcançar a liderança, que consegue no inicio da volta 11 na travagem para a Curva Tarzan… por fora! A partir daqui, Villeneuve distancia-se, e tudo indicava que ele iria ganhar esta corrida e ganhar pontos na corrida ao título.

Mas na volta 47, Villeneuve sofre um despiste e cede a liderança para o piloto australiano. Esse erro iria ser-lhe fatal algumas voltas depois, quando no inicio da volta 51, Villeneuve tem um furo à entrada da Curva Tarzan e fica na gravilha. Incrivelmente, tira o carro do sítio e faz uma volta inteira em três rodas, a uma velocidade louca, acabando por desfazer o eixo traseiro, mas levando os espectadores ao delírio… Quando chega às boxes, Villeneuve pede aos mecânicos para mudaram a roda, mas eles têm que pedir ao canadiano para que olhasse ao estado que o carro ficou depois da sua manobra…

Entretanto, o seu companheiro Scheckter conseguia fazer uma corrida de trás para a frente e chega à segunda posição. Jones é o vencedor, e o sul-africano sabe que agora está cada vez mais perto do título mundial, e sabe que somente o seu companheiro Villeneuve o poderá tirar… Jacques Laffite foi o terceiro, no seu Ligier. Para os quarto e quinto classificados, este Grande Prémio seria um marco: Nelson Piquet, consegue os seus primeiros três pontos da sua carreira, enquanto que Jacky Ickx obtinha os seus últimos dois pontos da sua longa carreira na Formula 1. Jochen Mass, no seu Arrows, fechava os lugares pontuáveis.