Atual sexto colocado do Campeonato Espanhol e adversário do Lyon na Europa League, o Villarreal nos últimos anos se consolidou como uma equipe afrontosa, a ponto de criar problemas contra fortes adversários, seja em âmbitos nacionais, como internacionais. É de se destacar a constância do Villarreal nas últimas temporadas - que vem apresentando um futebol pragmático, todavia não se limita a ser uma equipe omissa nas partidas em busca do resultado positivo (na linguagem coloquial, retrancar) -, com material humano nada alarmante, inferior ao das equipes do mais alto escalão do futebol espanhol. 

Promovido da Liga Adelante em 2012/13, o semifinalista da Uefa Champions League de 2006 apareceu na primeira divisão do Campeonato Espanhol 2013/14 fazendo uma belíssima campanha, assumindo a 6ª colocação, ficando atrás das equipes mais imponentes do futebol espanhol. Na primeira temporada em seu retorno à elite espanhola, comandado por Marcelino Toral, surpreendeu arcando com a nomenclatura de recém promovido.

São poucos os clubes que conseguem reproduzir tal feito. Em muitos casos visam somente a permanência, descartando maiores ambições. O Villarreal mostrou aversão com esse tipo de filosofia, e até hoje se mantém firme e pretensioso a cada temporada que passa.

A impressão que o submarino amarelo passa é de ser uma equipe grande, uma equipe tão grande como Sevilla, Athletic Bilbao e o seu arquirrival Valencia, mas nada disso, pelo contrário. O Villarreal é um clube 'modesto' no futebol espanhol no aspecto grandeza, mas em detrimento disto, o que realmente torna a equipe tão midiática e simpatizada são seus feitos históricos, como a própria semifinal da Champions de 2006 contra o Arsenal, sendo taxado como 'zebra' na ocasião, a semifinal da Europa League de 2015/16, os dois títulos da Copa Intertoto da Uefa em 2003 e 2004, os nomes icônicos que passaram pelo clube, que na década passada cedia constantemente ótimos jogadores para suas respectivas seleções, dentre outros feitos magníficos. 

Samu Castillejo, uma das principais peças atuais na crescente do Villarreal (Foto: Jose Breton/Getty Images)

Planejamento invejável: a sequência e a paciência com seus técnicos

Nos últimos anos continuam apresentando campanhas sólidas na competição nacional, erradicou o termo ostracismo, onde tampouco esteve. A equipe que na temporada passada encantou a todos com a 'muralha amarela', sendo uma das defesas mais sólidas das principais ligas europeias, pouco troca de técnico e, na maioria dos casos, os que vieram alternando no cargo até os dias atuais possuem filosofias e estilo de jogo idênticos.

Marcelino Toral assumiu da temporada 2013/14 até a temporada 2015/16, e desde que esteve no clube potencializou o sistema defensivo do Villarreal. Fran Escribá assumiria na temporada posterior e deu continuidade a principal válvula de escape da equipe: seu poderio defensivo. Saiu no início desta temporada marcado por ser uma das principais defesas nas principais ligas europeias na temporada 2016/17, e desde então a equipe é comandada por Javier Calleja, ídolo e ex-jogador do Villarreal na década passada, cujo esteve presente no período de glória do clube em 2005/06 e foi titular na temporada, atuando contra o Arsenal naquela fatídica semifinal de Champions League. 

Atualmente, a equipe assume a 6ª posição do Campeonato Espanhol 2017/18 e será adversário do Lyon em jogo válido pelos 16 avos-de-final da Liga Europa. O artilheiro da equipe na temporada é o congolês Cédric Bakambu, com 14 gols assinalados. O líder de assistências é o espanhol Pablo Fornals, com 7 assistências contabilizadas.