Após abrir os cofres na temporada 2020-21, o Chelsea foi coroado com sua segunda taça de Champions League. A tão sonhada conquista da Europa ocorreu com um desvio na trajetória: a troca de Frank Lampard para Thomas Tuchel, que alavancou e reestruturou a defesa dos Blues. Sendo o primeiro treinador a chegar em duas finais consecutivas. Autor do único gol, Kai Havertz garantiu o triunfo sobre o Manchester City

Palco da partida, o Estádio do Dragão foi agraciado com 33% de capacidade - 50 mil pessoas-, no qual deixou o espetáculo mais charmoso e relembrando o tempo de outrora.

Foto: Divulgação/Uefa Champions League

Vantagem na característica blue

Com a bola no chão, o Chelsea pressionou o City com quatro jogadores na frente e fazia uma linha de proteção com cinco. Dessa forma, os comandados de Guardiola trocavam passes, mas a grande oportunidade veio em ligação direta. Após lançamento espetacular de Ederson para Sterling, que entrou na área e ficou cercado por James e Mendy. O camisa 7 tentou surpreender com toque de calcanhar. O goleiro encaixou.  

Apesar de controlar o jogo, o City pecava nos erros de passes, favorecendo os contra-ataques do adversário. Stones foi o ponto frágil na defesa, mas disputava justamente com Timo Werner, que não vive o seu melhor momento. Em duas chances, sendo uma clara de gol, o alemão não finalizou direito.

A equipe londrina teve uma grande baixa aos 39’. Thiago Silva sentiu dores na região da virilha e precisou ser substituído por Christensen. Os Blues não se abateram e, nas suas características, foram para o intervalo com a vantagem. Em jogada trabalhada de forma rápida, Mendy lançou Chilwell. O lateral deixou para Mason Mount esticar com Havertz. O meia tirou de Enderson e balançou as redes no gol vazio.  

Foto: Divulgação/Chelsea

Consagração final

Os times mantiveram a mesma postura. O City era o dono da posse de bola, mas sem grandes criatividades. De Bruyne, um dos principais jogadores de Guardiola, bateu cabeça com Rüdiger. Por questões médicas, o belga precisou sair. 

Com a missão de proteger o gol, o Chelsea entregava de qualquer maneira e saia apenas em um contra-ataque claro. Esse acabou sendo desperdiçado: Havertz avançou pelo meio, abriu com Pulisic na direita. Marcado, o meia conseguiu bater rasteiro rente à trave.   

A pedido da torcida, Agüero entrou nos minutos finais. O ídolo argentino recebeu nas costas de James, deu uma cavadinha e Mendy se esticou todo para defender. No apagar das luzes, a defesa londrina afastou mal. Mahrez pegou a sobra e mandou para fora. 

Kanté melhor em campo

Foto: Divulgação/Uefa Champions League

N'Golo Kanté foi eleito o melhor jogador em campo. A estrela do volante brilhou na final da Champions. O francês foi o motor da equipe. sendo seguro nas intervenções e subidas ao ataque. O baixo de 1,68 deu 53 toques com 88% na precisão dos passes.