Ainda comemorando o título paulista conquistado no último domingo, ao vencer o Audax, o Santos vai ao Acre nesta quarta-feira (11) visitar o Galvez, pela segunda fase da Copa do Brasil. Para o jogo o peixe adota a mesma preparação da fase inicial, quando foi apenas com reservas enfrentar o Santos-AP. O treinador Dorival Junior alegou problemas familiares e não vai a Rio Branco, deixando o filho e auxiliar, Lucas Silvestre, no comando.

Além do desgaste os santistas já estão de olho no jogo contra o Atlético-MG, pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro. Mas o peixe terá que voltar suas atenções primeiro para a equipe acreana, principalmente após a primeira partida contra o Santos-AP, quando o peixe ficou apenas no empate em 1 a 1 e teve que fazer a partida de volta na Vila Belmiro.

Principal substituto de Ricardo Oliveira, o atacante Joel virou baixa para partida e não foi relacionado. O camaronês contraiu caxumba e não vai poder jogar. Com isso, o jovem Lucas Crispim ganha espaço na equipe titular, junto com Paulinho. Recuperado de uma canelite, o lateral Daniel Guedes faz sua primeira partida na temporada, assim como o volante Valencia, que se recuperava de lesão no joelho.

"É como se fosse uma final. Eu não vinha jogando. Então, ter essa oportunidade na Copa do Brasil, que tem visibilidade, é essencial. Quero mostrar que tenho qualidade para estar no elenco. O time titular acabou de ser campeão. A gente (suplentes) vai dar o suporte para que possamos sair de lá com a vitória e, se for possível, eliminar o jogo de volta", disse Crispim em coletiva.

Ligados a Policia Militar do acre, a equipe do Galvez pode não impressionar pela qualidade técnica, mas já está intimidando o adversário por sua origem policial.  O atacante Lucas Crispim já declarou em tom de brincadeira estar receoso com o time acreano, dizendo "Vai que eles prendem a gente lá". Mas nem todos do elenco fazem parte da corporação.

Fundado em 2011, o Galvez era a princípio um projeto para aproximar população e polícia local, utilizando em seu elenco apenas membros da corporação. Mas após uma campanha ruim em sua estreia na Série B do estadual, o time passou a contratar jogadores de fora. Sem ter estádio ou centro de treinamento próprio, o Major Edir Campo visa a bilheteria que a partida vai proporcionar ao time.

“É o jogo da nossa vida por conta da projeção, da arrecadação. Nossa expectativa é ter uma boa renda para a aquisição de um centro de treinamento”, explicou o major.