Quando foram definidas as semifinais da Copa do Brasil de 2016, os dois maiores vencedores da competição foram postos frente a frente. Grêmio e Cruzeiro mediriam forças, primeiro no Mineirão e depois na Arena do Grêmio, para definir o finalista. Na época, o time gaúcho acabou levando a melhor, com uma grande atuação no Gigante da Pampulha, onde venceu por 2 a 0 e depois administrou a vantagem em casa - 0 a 0. Após passar pela Raposa, o tricolor acabou se sagrando pentacampeão da competição diante de outro clube mineiro, o Atlético.

Quis o destino que na edição 2017 da mesma competição, os dois voltassem a se encontrar. Cruzeiro e Grêmio mais uma vez duelam por uma vaga na final da competição. Nove títulos em campo, de dois clubes que vivem momentos completamente diferentes do que viviam na temporada passada. A começar pela ordem da decisão: dessa vez, o Grêmio mandou o primeiro jogo em sua casa, onde venceu por 1 a 0, e agora visita Belo Horizonte na segunda partida. Outra grande diferença é o momento das equipes dentro de campo no cenário nacional.

Luan marcou um dos gols no Mineirão no ano passado e é um dos grandes nomes do elenco gremista (Foto: Lucas Uebel/Divulgação Grêmio)
Luan marcou um dos gols no Mineirão no ano passado e é um dos grandes nomes do elenco gremista (Foto: Lucas Uebel/Divulgação Grêmio)

Para a Raposa, chegar na semifinal da Copa do Brasil de 2016 foi um “prêmio” por mais uma temporada que foi, em sua maioria, focada em não ser rebaixado. O time apostou em no português Paulo Bento - um completo desastre. Mano Menezes voltou ao comando da equipe e conseguiu fechar um grupo que se afastou da zona de perigo e ainda chegou confiante para o jogo diante do tricolor gaúcho.

O histórico de confrontos favorecia os comandados de Mano: em mata-matas até ali, só tinha dado Cruzeiro. O último encontro ocorrera na semifinal da Libertadores de 2009, onde a Raposa venceu no Mineirão por 3 a 1 e se classificou para a final com um empate em 2 a 2 em Porto Alegre. Eles também se encontraram na decisão da Copa do Brasil de 1993, outra vez com vantagem para o time celeste.

Já o Grêmio vivia boa temporada sob o comando de Renato Gaúcho. O ex-jogador herdou um bom trabalho de Roger Machado e deu sequência em um time recheado de boas peças, como Luan e Douglas, que viviam ótimos momentos. Mas o clube enfrentava a pressão da escassez de títulos nacionais. Já eram 15 anos sem levantar um caneco de importância nacional, sendo o último a Copa do Brasil de 2001.

Alguns jogadores do rival, Internacional, chegaram até a comemorar gols dançando em alusão a um baile de debutantes em provocação. O fato é que no fim das contas o torcedor gremista saiu mais feliz: deixou a fila de 15 anos sem conquistas e ainda viu o colorado ser rebaixado.

O jogo no Mineirão foi disputado até o último minuto (Foto: Lucas Uebel/Divulgação Grêmio)
O jogo no Mineirão foi disputado até o último minuto (Foto: Lucas Uebel/Divulgação Grêmio)

Em 2017, o momento das duas equipes é muito diferente. O Grêmio de Renato conseguiu evoluir e, segundo algumas pessoas, joga o futebol mais bonito do país. O clube segue também na Copa Libertadores da América e é um dos principais "perseguidores" do Corinthians no Brasileirão. No confronto de ida, bateu o time celeste por 1x0. O Cruzeiro vive um momento melhor que em 2016. O time, desta vez, não briga contra o rebaixamento no nacional, mas vem pressionado pela eliminação na Copa Sul-Americana e por não ter conquistado nenhuma competição nos últimos anos dois anos.

O que nos reserva mais um embate entre os maiores vencedores da Copa do Brasil? A resposta saí nesta quarta-feira, às 21h45, no Mineirão lotado. Vai perder?