Autuado pelas brigas tanto dentro quanto fora do Maracanã no primeiro jogo da final da Copa o Brasil, contra o Cruzeiro, o Flamengo foi multado no valor de R$ 40 mil reais pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), em audiência realizada nesta segunda-feira (18).

Rafael Freitosa, auditor relator do caso, votou a favor da multa e foi acompanhado por outros dois auditores: Lucas Asfor Rocha Lima e Alexandre Magno. Gustavo Pinheiro foi o único do auditores que votou pela absolvição. Baseado na Constituição Federal, argumentou que os clubes não têm responsabilidade pela organização de eventos de grande porte.

Após decisão do tribunal, Michel Assef Filho, advogado do Flamengo, declarou que o clube irá recorrer e irá solicitar absolvição no caso. Ele garantiu que o clube tomou todas as providências para evitar as confusões, mas que ainda assim é fundamental ajuda do Estado.

"Eu vou pedir absolvição, até na esteira do voto do doutor Gustavo Pinheiro. Esse tema tem que ser levado para o Pleno para se discutir a eficácia dessas penalidades que insistentemente são aplicadas contra os clubes. No meu entendimento, não tem eficácia alguma. O clube tomou todas as previdências que lhe cabia para prevenir e reprimir as desordens no estádio, mas precisa da ajuda do estado. Ainda mais considerando que a decisão de banir uma torcida organizada partiu do judiciário por ação proposta pelo Ministério Público-RJ", disse o advogado.

A acusação foi baseada no artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva. Antes da sentença, vídeos foram apresentados mostrando torcedores quebrando grades que separam setores do estádio. A Procuradoria também solicitou o uso do parágrafo 1º do artigo pela segunda infração e invasão de setores do clube, o que poderia acabar em pena de até perda de dez mandos de campo. No entanto, foi rechaçada.

Enquanto fazia a apresentação em defesa do clube, Michel Assef Filho mostrou que o Flamengo pôs seguranças privados, mas que a quantidade de policiais trabalhando no Maracanã era abaixo do esperado.

"Flamengo, desde que essa Torcida Jovem foi banida dos estádios até 2020, encontra dificuldade para dar cumprimento à decisão judicial. O Flamengo precisa de ajuda do Estado. O Flamengo vem tentando de todas as maneiras. O número de seguranças é maior que o de policiais (...) O Gepe disse que seriam 320 homens, mas estiveram 102", disse Assef.

Antes do ínicio da partida, grades que separavam os setores Sul e Leste também foram danificados. A utilização de sinalizadores - registrado na súmula -, também entrou na denúncia da Procuradoria. Em campo, a partida terminou em 1 a 1

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