Ontem (5), Botafogo e Fluminense se enfrentaram no Nilton Santos em partida válida pela semifinal da Taça Rio. O placar final empatado em 0 a 0 garantiu a classificação do tricolor, que ocupava o primeiro lugar do Grupo B. 

Em clima de protesto, as duas equipes se uniram no início do jogo e ergueram cartaz escrito "Respeitem a nossa história". Ambas se manifestaram contra o retorno considerado precoce do campeonato estadual e, também, contra algumas atitudes por parte da Ferj, que contou, inclusive, com a publicação de um manifesto.

Apesar da possibilidade de fazer cinco alterações, Paulo Autuori só realizou três, e todas depois dos 35 do segundo tempo. O técnico explicou que demorou para fazer substituições porque não viu a necessidade de mudar antes.

''Não demorei, não. Eu ia deixar a equipe jogar o tempo todo. Só mexi porque o Caio e o Luiz Henrique tiveram cãibra. Precisamos criar uma equipe, não vi essa queda, vi uma equipe que mesmo com o Fluminense fazendo mudanças, refrescando a equipe, não perdemos absolutamente nada. Nos momentos de transição, de contra-ataque do Fluminense, nossos jogadores deram resposta muito forte também na parte física. Se ganha na construção de uma equipe. Depois que parou o campeonato, tivemos no fundo oito treinos. Normalmente são três substituições, você não é obrigado. Agora são cinco, temporariamente, um mecanismo criado principalmente para o futebol europeu. Mas quando faz cinco substituições, só vai olhar o individual, porque coletivamente a equipe vai sentir. Isso é óbvio. Como vejo o futebol individual e coletivo, a gente tem de equilibrar as duas coisas.''

Agora, o Botafogo terá cerca de um mês de preparação para o início do Campeonato Brasileiro, marcado para o dia 9 de agosto. Na estreia, o Alvinegro recebe o Bahia.