O Botafogo empatou por 1 a 1, neste domingo (23), no Maracanã, pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro Série A. O Alvinegro abriu o placar nos acréscimos da segunda etapa, com Pedro Raul, mas o VAR acabou sendo decisivo e marcou pênalti de Marcelo Benevenuto. Gabigol empatou a partida. 

O técnico Paulo Autuori, evitou falar da arbitragem após o jogo, mas questionou o motivo para o árbitro Leandro Vuaden, ter sido chamado pelo VAR para a marcação de um toque no braço de Benevenuto.

"Em nenhum momento, em nenhuma derrota eu justifiquei com erros de arbitragem. Justifico com falta de eficiência ou eficácia da equipe que eu trabalho. Hoje nós fomos eficientes, fomos eficazes porque fizemos o gol, mas não conseguimos sair com a vitória. Nada a falar com relação à arbitragem e à interpretação. E tudo a falar sobre a conjuntura do futebol brasileiro. É muito fraca e é suspeita. Porque as coisas acontecem sempre da mesma maneira. Chega um momento que cansa", disparou o treinador. 

Ainda sobre o lance polêmico, Autuori questionou os critérios para a utilização do VAR e a interpretação para cada lance. 

"Então não adianta ter VAR. Porque, quem interpreta isso? A gente vai continuar no tema da interpretação e na hora da interpretação sempre as mesmas equipes são favorecidas (...) Aqui no Brasil, infelizmente, na conjuntura do futebol brasileiro toda hora vão reclamar dentro da CBF e fazer cartas, como se isso adiantasse alguma coisa. O que adianta é trabalho e transparência. Porque no momento de decidir e interpretar, a interpretação tem sido contra o Botafogo, claramente. Se algum dirigente nosso tem dificuldade por falar isso por receio, eu não tenho nenhuma", disse o técnico. 

Sobre o jogo, o técnico revelou conversa com Domènec Torrent, exaltou a atuação de sua equipe e comentou a respeito da postura reativa.

"Se tivéssemos uma equipe fortíssima na defesa e no ataque certamente estaríamos hoje e em todas as competições na ponta da tabela. Acho que não temos tempo - e até falei com o Domènec no fim do jogo, pedi a ele paciência e tolerância com a conjuntura do futebol brasileiro. As pessoas só olham para aquilo que acontece no jogo. Nós temos que parar para ver que se olharmos para trás, antes da pandemia, o Botafogo estava construindo uma equipe e está construindo ainda. Eu tenho que ver como a equipe está sendo construída, que evolução está a ter a cada jogo. Eu vejo isso", afirmou o treinador. 

"O futebol hoje só tem que jogar de uma maneira porque querem isso. E o futebol permite interpretá-lo de várias maneiras. Importante é ser eficiente, eficaz e interpretar bem a ideia que você estipula, isso que é a beleza, a diversidade que se tem. Eu me recuso a ter que trocar cinco ou três jogadores. Se eu estiver gostando da equipe e que os jogadores estão respondendo bem, eu não vou fazer isso porque estou preocupado com o que torcida e imprensa vão falar. É o direito dele, de falar o que desejarem. E é o meu direito e o de qualquer outro profissional de só fazer aquilo que confia", concluiu. 

Com o empate, o Bota se manteve na oitava colocação do campeonato, com seis pontos e pode ser ultrapassado pelos times que ainda jogam nessa rodada.

O equipe volta a campo na próxima quarta-feira (26), pela terceira fase da Copa do Brasil, contra o Paraná, às 19h no Durival Britto, em Curitiba. Por ter sido vencedor no primeiro jogo por 1 a 0, o Alvinegro joga com a vantagem do empate.

Já pelo Brasileirão, o time volta a campo no próximo sábado (29), contra o atual líder, Internacional, às 16h no Nilton Santos, pela sexta rodada da competição.