O Botafogo venceu o Paraná Clube pelo placar de 2 a 1 nesta quarta-feira (26) pelo jogo de volta da terceira fase da Copa do Brasil. No placar agregado, 3 a 1 para o time carioca, classificado à próxima fase. Na Vila Capanema, os gols foram marcados por Marcelo Benevenuto e Danilo Barcelos para a equipe visitante e por Thales para a mandante.

O Paraná entrava em campo precisando reverter o resultado do jogo de ida: 1 a 0 para o Botafogo no Estádio Nilton Santos, gol de Luiz Fernando, que não está mais no time carioca. Apesar da boa fase do Tricolor, líder invicto da Série B com três vitórias e dois empates, a equipe paranaense nunca havia conseguido se classificar na competição após perder o primeiro jogo.

Já o Glorioso também ia para a partida decisiva invicto na Série A, com uma vitória e três empates. E embalado por bons resultados nos últimos dois jogos, contra Atlético-MG e Flamengo. As duas equipes contavam com mais similaridades: defesas que tomam poucos gols e velocidade ofensiva pelos lados. Para avançar direto, o time da casa precisava vencer por pelo menos dois gols de diferença.

Estratégias

Allan Aal promoveu apenas uma mudança na equipe em relação ao jogo anterior: na lateral-esquerda, Juninho no lugar de Jean Victor, que não pôde atuar por já ter disputado a Copa do Brasil pelo Boavista-RJ. A zaga contou com Thales e Fabrício. Nas laterais, Paulo Henrique pela direita e Juninho pela esquerda. Jhony Douglas e Higor Meritão ficaram na frente dos zagueiros, enquanto Renan Bressan fazia o camisa dez clássico distribuindo a bola na frente. No ataque, Gabriel Pires chegava em velocidade pela direita, Andrey pela esquerda, e Bruno Gomes centralizava na área.

Paulo Autuori optou, mais uma vez, por uma formação com três zagueiros, no 3-5-2. Marcelo Benevenuto, Rafael Foster e Kanu formaram o trio de zaga. Nas laterais, Kevin pela direita e Guilherme pela esquerda. Caio Alexandre e Honda compuseram a dupla de volantes, enquanto Bruno Nazário ficava mais à frente, responsável pela criação das jogadas ofensivas e entrando na área. E, no ataque, Luis Henrique apostava na velocidade pela esquerda, enquanto Pedro Raul marcava posição na área como centroavante.

Equipes têm dificuldades pelos lados e criam pouco

A primeira etapa já começou movimentada. Logo no primeiro lance de ataque do jogo, o Botafogo reclamou muito de um pênalti não marcado de Juninho em Kevin, que invadia a área pela direita e foi puxado. Mas a partida não contava com o auxílio do VAR, que só estará presente na competição a partir das pitavas de final.

A equipe visitante iniciou com marcação pressão no campo de ataque, mas que não se manteve por muito tempo. Aos 11, o Paraná tinha a posse, buscando o gol, arriscando de fora da área. Renan Bressan era bem acionado, construindo as jogadas. Andrey era outro nome que participava bastante do ataque, cruzando para a área e infiltrando.

Na metade do primeiro tempo, eram sete finalizações do Tricolor e uma do Alvinegro, deixando claro quem mais precisava correr atrás do resultado. Pelo Botafogo, Bruno Nazário tinha atuação discreta, mas Caio Alexandre começou a adiantar seu posicionamento, chegando a pisar na área. Nesse momento, o time carioca conseguiu aumentar sua posse de bola e melhorar no jogo.

Mas dava espaço entre a defesa e o meio-campo na marcação, permitindo jogadas do Paraná, inclusive dando tempo para troca de passes. A velocidade pelos lados, principalmente o esquerdo, não apareceu no Botafogo no primeiro tempo. Além da falta de compactação no ataque, com jogadores distantes entre si, sem triangulações. Contra um adversário que viria com ainda mais vontade depois do intervalo.

E o segundo tempo conseguiu começar mais agitado que o primeiro. Aos quatro minutos, cobrança de escanteio pela direita, Marcelo Benevenuto subiu mais que todo mundo e abriu o placar para o Botafogo, aumentando a vantagem no placar agregado. E a equipe carioca, realmente, havia iniciado melhor na segunda etapa, ficando no campo de ataque, rondando a área inclusive com a aproximação de Honda.

No entanto, apenas seis minutos depois, em bate-rebate na área, a defesa do Alvinegro não tirou, e Thales colocou para dentro, empatando para o Paraná. O gol foi irregular devido a um toque na mão do jogador tricolor, mas a ausência do VAR fez o jogo seguir.

Ambas as equipes não usavam a velocidade pelos lados característica das duas. O time da casa, estimulado pelo gol, apostava na marcação alta e conseguia roubadas de bola, permanecendo no campo de ataque. Porém, como não tinha profundidade, continuava tentando chutes de longe.

Paulo Autuori resolveu mexer. Colocou Luiz Otávio no lugar de Honda para melhorar a marcação e manter o resultado positivo. Saíram também Luis Henrique, Guilherme e Bruno Nazário (machucado) para as entradas de Rhuan, Danilo Barcelos e Matheus Babi. Portanto o técnico, promovendo mais dois atacantes, apostava em uma bola para aumentar a vantagem e liquidar a partida.

Do outro lado, Allan Aal tirou Gabriel Pires e Jhony Douglas para dar lugar a Marcelo e Michel, também mexendo no setor ofensivo. O Paraná pressionava no campo de ataque, um gol levava para os pênaltis. Já no fim, o Botafogo teve oportunidades para matar o jogo, mas desperdiçou. Até que, aos 49 minutos, Matheus Babi foi derrubado na área por Juninho, e o árbitro marcou pênalti. Danilo Barcelos cobrou e fez, naquele que foi o último lance do jogo, confirmando a vitória e a classificação do Glorioso.

Próximos compromissos

Com a classificação, o Botafogo aguarda agora o sorteio para conhecer seu próximo adversário na quarta fase da Copa do Brasil.

O próximo compromisso do Paraná é fora de casa contra o Vitória no sábado (29) às 16h30 pela Série B do Campeonato Brasileiro.

Já o Glorioso volta a campo também no sábado (29) às 17h, quando recebe o Internacional pela Série A do Brasileirão.