O esperado aconteceu e o Grêmio dominou o Caxias nesta quarta (26) em jogo válido pela primeira final do Campeonato Gaúcho: 2 a 0 para o Imortal. A partida que aconteceu no Centenário não contou com muito brilho e teve poucas emoções dentro do campo, já que outra vez a velocidade pedida por Renato Portaluppi não apareceu no tricolor. O time da capital chega a 16 jogos  seguidos de invencibilidade desde a volta do futebol.

A vantagem construída a partir de dois belos de gols de Pepê e do novo reforço Éverton colocam o Grêmio com a mão na taça e o Caxias em situação bem desanimadora. O que foi visto dentro de campo era um time visitante controlando as ações em ritmo de treino e o visitante ficando refém de suas ações pelo gol levado no início. Os times voltam a se enfrentar no próximo domingo (30) no estádio gremista.

Porém, é importante ressaltar a baixa velocidade do imortal e a falta de ambição em grande parte do segundo tempo. O jogo era morno e podia ter virado outro caso o gol de Ivan, do Caxias, não tivesse sido anulado pelo VAR. Outro ponto importante para analisar é a saída de Pepê por lesão – o que pode preocupar o tricolor para o restante da temporada.

Estratégias

Foto: Lucas Uebel / Grêmio FBPA
Foto: Lucas Uebel / Grêmio FBPA

O Caxias, comandado por Rafael Lacerda, adotou uma estratégia ofensiva no papel com atacantes em velocidade e sem nenhum homem fixo na área, porém tomou um balde de água fria aos 9 minutos com o gol gremista. Após o gol deu uma diminuída nas ações e perdeu fôlego, já que vinha 28 dias parado. No segundo tempo, começou melhor e dominou metade da etapa, porém sem levar muito perigo ao gol do Vanderlei – a única chance foi no gol anulado já citado. Porém, é nítido que o time fez o que dava com as peças que tinha. Agora terá que contar com um milagre para virar ou pelo menos empatar na Arena do Grêmio.

A estratégia utilizada por Renato Portaluppi foi a que já conhecemos em longo de seus quase quatro anos de Grêmio. Um time que buscava o jogo e controlava seu adversário sem deixar tocar na bola. O que se via era um time que queria chegar ao gol, mas não tinha velocidade. O tricolor utilizou-se da sua superioridade e matou o jogo quando quis e não tinha medo algum de defender o resultado de 1 a 0 durante quase todo o jogo. Outro ponto para analisar é a outra ótima partida de Pedro Geromel junto com David Braz, um dos únicos setores que o Grêmio tem bem resolvido.

Grêmio faz futebol burocrático e sem velocidade

Foto: Lucas Uebel / Grêmio FBPA
Foto: Lucas Uebel / Grêmio FBPA

A partida pode parecer que foi de tranquila e fácil conquista até para os torcedores, mas não foi isso que foi visto. O Grêmio foi bem ao arranjar o gol com menos de 10 minutos com a tabela feita por jogadores da base, mas mais uma vez parou e relaxou com a vantagem. Levou o susto com o gol anulado e mesmo assim não cresceu, só foi fazer o segundo após um belíssimo chute de Éverton no rebote do escanteio. Falta muito para o Grêmio voltar a ser aquele que era visto em 2017 e 2018.

A falta de capricho nas finalizações que vimos no Campeonato Brasileiro foi trocada pela ausência de chutes, o tricolor finalizou muito pouco e não assustava Marcelo Pitol, goleiro do Caxias. Além disso, o contestado Thiago Neves fez outra partida nula entrando do banco e só aumentou sua relação ruim com a torcida. Outro reforço, Robinho, fez sua estreia em alguns minutos para pegar ritmo de jogo e não teve tempo de apresentar nada em especial.

Apesar disso, o tricolor chega com uma enorme vantagem para a volta em sua casa e só uma tarde vexatória tiraria o histórico tricampeonato consecutivo das mãos de Portaluppi e seus comandados. O torcedor mesmo sem confiança promete estar animado para a próxima partida no domingo.

Confira os gols e melhores momentos: