O Vasco recebeu o Palmeiras em casa e sofreu a derrota por 1 a 0. No duelo de técnicos portugueses, o treinador vascaíno Ricardo de Sá Pinto saiu de campo com elogios ao momento palmeirense.

“Tínhamos uma estratégia de parar a equipe do Palmeiras que vinha de um grande momento, de quatro a cinco vitórias seguidas, que tudo está a ser bem, ocorreu bem, tem jogadores internacionais, de muitas nacionalidades, com muita qualidade e nós estamos a construir uma equipe. E sabemos que era uma equipe muito forte em transição, no contra-ataque/ataque rápido e teríamos que retirar o espaço para não ser surpreendido nas costas, tinham essa capacidade através do extremos, lutavam muita pela ação da bola, como aconteceu com o pênalti. [...] Tivemos ampla vantagem numérica, a primeira parte eu acho que foi boa, a segunda parte, eles arriscaram mais e começaram a ter muitas bolas nos corredores, nós começamos a chegar um pouquinho mais tarde à essas bolas, houve a preocupação de parar isso e o jogo já estava controlado, nós tivemos mais remates do que eles, nós temos tantas oportunidades quanto eles e a iniciativa de jogo foi dada por estratégia nossa. Só entraram em bolas longas e em cruzamentos para a área, ver se dava alguma coisa e foi o que aconteceu. [...] Agora, nunca o Vasco hoje seria derrotado por uma situação normal”, analisou Sá Pinto.

O técnico também pediu humildade à torcida.

“Temos de ser humildes e aceitar que o Palmeiras, individualmente, é melhor que nós, tem outros objetivos que nós. Mas temos de tentar jogar de igual para igual e vencer, estamos em construção e jogamos contra uma equipe boa, muito boa, mas de cara ao futuro, o caminho é da evolução e creio que seremos recompensados”.

O treinador português também se mostrou insatisfeito com relação ao jejum de nove jogos sem vitórias.

“Logicamente, todas as equipes para estarem bem precisam ganhar. Eu sei que vamos chegar a uma situação confortável, mas há um caminho a percorrer. A equipe trabalhou, foi organizada, lutou, temos de trabalhar melhor as transições ofensivas, não perder tantas oportunidades e fazer mal ao adversário como fazem a nós. Não é em duas semanas e meia, três, que vamos construir equipe. Com trabalho, a equipe vai chegar lá. Já não sofremos tantas oportunidades quanto antes, já não sofremos tantos gols quanto sofríamos. Vamos continuar trabalhando nisso”.

Ricardo também falou do reencontro com seu amigo Abel Ferreira, dessa vez em terras tupiniquins.

“Quando você tem um amigo, não quer jogar contra ele. Como se fosse um irmão, você não quer enfrentar seu irmão porque quer o sucesso dele. Mas a nossa profissão é isso, somos amigos e somos rivais durante 90 minutos. Mas os objetivos do Vasco da Gama estão sempre acima de tudo. Somos amigos, mas somos profissionais. Foi mais uma situação que aconteceu, não acontece muito, mas soube viver bem com ela”, colocou o técnico vascaíno.

A próxima partida do Vasco será na Ilha do Retiro, contra o Sport, no sábado (11), às 16h30, pelo Brasileirão.