Equilíbrio. Este é o objetivo do Cruzeiro para conseguir engrenar na Série B e conquistar o tão sonhado acesso de volta à elite do Brasileirão. Neste final de semana, o clube celeste foi ao Estádio Bento Freitas encarar o Brasil de Pelotas e deixou o Rio Grande do Sul com um ponto na bagagem após o placar zerado.

"Saio satisfeito pelo rendimento. Sofremos pouco defensivamente, criamos situações, mas infelizmente não fizemos nossos gols. O goleiro do Brasil teve boa atuação e isso significa que a gente criou. Temos condições de fazer ainda mais, mas só vamos sincronizar algumas movimentações com tempo de treino. O que faltou para nós é quando chegarmos no último terço do adversário, ter manobra e circular mais rápido de um lado para outro, preencher a área e finalizar de média distância. Não podemos ser previsíveis na hora de atacar, e sim arriscar chute de fora da área, tabela, infiltração, cruzamento. Vamos descansar porque temos uma viagem longa e jogo importante pela frente", analisou o técnico Mozart

Segundo melhor ataque da Série B, com 13 gols, atrás somente do líder Náutico, que marcou 17, o Cruzeiro tem a pior defesa da competição - sofreu 16 gols em nove rodadas. 

Esta foi apenas a segunda vez na Série B que o Cruzeiro saiu de campo sem ser vazado - a outra foi na vitória por 1-0 sobre a Ponte Preta. "O mais importante foi não tomar gol, agora é acertar os detalhes para voltar a vencer. Sabíamos que seria difícil, com eles vindo no nosso erro", acrescentou o defensor Léo Santos.

Campeões brasileiros se reencontram na próxima rodada

Mozart terá cerca de três dias para pensar nos ajustes da equipe antes da próxima partida, que será na terça-feira (6) diante do Coritiba no Estádio Mineirão.

Raposa e Coxa estão entre os participantes da Série B que já levantaram a taça do Campeonato Brasileiro. O time mineiro soltou o grito de campeão quatro vezes (1966, 2003, 2013 e 2014), enquanto o alviverde levantou a taça em 1985.

"Nossa sequência é muito grande para manter um nível de intensidade que o futebol pede, por isso as mudanças são inevitáveis. As trocas foram por questões físicas e para tentar ter volume e equilíbrio defensivo. O Matheus Barbosa de terceiro zagueiro foi para qualificar nossa saída, ele já atuou assim na carreira. Gostei bastante do primeiro tempo dele naquela função", completou Mozart sobre o volante de origem que foi substituído no intervalo, quando cedeu a vaga para o atacante Bruno José.