O Corinthians venceu o Juventude por 2 a 0 neste sábado (11), na abertura da 11ª rodada, e retomou a liderança provisória do Brasileirão 2022.

Apesar da importante vitória, o técnico do Timão, Vítor Pereira falou principalmente sobre suas opções para o ataque na coletiva e explicou o porquê de continuar escalando Róger Guedes como centroavante no Timão. O treinador ainda relata sobre alguns momentos de desatenção do atleta.

"A minha relação com os jogadores é honesta e sincera. Eu já tinha dito ao Róger que, apesar da grande qualidade, para mim, tem muitos apagões no jogo. Tem momentos em que está e tem momentos em que não está. Para mim, ele precisa de um jogo que sistematicamente a ser solicitado com a bola. Se eu o encostar nas laterais, ele tem momentos de apagões. Liga e desliga, reage tarde".

Ele ainda continuo relatando mais detalhes sobre o atleta. "Sabendo que não é de fato um atacante de área, de referência, mas é um jogador que tem mobilidade, que tem qualidade técnica, que é combinativo, tem que aparecer na área para fazer gols. Quando conseguirmos entrar, ele precisa ser rápido e aparecer, e ele é rápido. Ele tem isso tudo. O que mudou? Ele estar disponível e querer fazer, querer fazer as coisas. Não estar contrariado, não está cômodo em novas funções, mas que permite estar sempre em jogo e que vai desligar muito menos", disse o português;

O treinador do Timão ainda falou que Roger Guedes se esforça diariamente para se encaixar no estilo de jogo.

"Tem feito esse esforço e tem ajudado. Uma pena não tem feito o gol hoje, mas estou satisfeito, muito satisfeito com o trabalho dele. Se estiver comprometido, é um jogador de qualidade sem dúvida nenhuma. Mais valia para nós".

Saída de Jô

Ainda na entrevista, Víctor Pereira fala pela primeira vez sobre a rescisão de Jô, que aconteceu após ele ser flagrado em uma festa durante a partida contra o Cuiabá na última terça-feira (7). O técnico admitiu que está tentando reinventando seu ataque após a saída do jogador e disse que já pensa em um ataque diferente sem ele.

"Lamento, sinceramente. Estabeleci uma relação com o Jô que era de confiança e compromisso, dos dois. Teve uma primeira situação, conversamos e nosso compromisso era não voltar a acontecer uma situação que fugisse do profissionalismo e que não deixasse a imagem do clube e equipe em dificuldade. Eu lamento. O Jô tem características que eram muito importantes para nosso jogo. Mas um comportamento repetido se torna um padrão, e quando se torna um padrão e a imagem do clube, espírito do grupo são afetados, não há outra solução. Para mim, não havia outra solução que não fosse esta. Foi uma perda, porque tem qualidade, é boa pessoa, foi sempre um jogador de grupo, um amigo, que perdemos pelo caminho lamentavelmente".

"Agora temos que reinventar solução. Temos que atacar de outra forma, temos jogadores com uma dinâmica diferente. O futebol é isto. Os jogadores importante são os que estão, recuperar os que estão lesionados e voltar adquirir a qualidade que está a nosso alcance. Desta vez, sem o Jô", completou.