Em meio a momentos conturbados, é normal buscar indivíduos em quem depositar a culpa. Para a torcida do Flamengo, um dos responsáveis diretos pela má fase no gol é ​Vitor Hugo​, preparador de goleiros do clube. Após a vitória sobre o Junior Barranquilla, que garantiu a vaga na final da Sul-Americana, o profissional falou à ​Fox Sports​ sobre o panorama nos bastidores do Rubro-Negro.

"Estou feliz pelo César e por todos os goleiros. Nossa classificação valeu uma clavícula quebrada. O Diego Alves estava bem, estava nos dando uma calmaria. O César entrou e provou que tinha condições de jogo, assim como Thiago, fez bons jogos. Alex vinha bem, deu uma caída e tenho certeza que vai melhorar", ​afirmou.

Vitor Hugo ainda citou a escalação de César​, que entrou em campo para disputar uma partida oficial após dois anos. O goleiro, que teve bela atuação, tornou-se um dos heróis da classificação após defender pênalti de Yimmi Chará. Ao passar pela zona mista no Metropolitano, o preparador falou um pouco mais sobre a escolha de Reinaldo Rueda​ pelo arqueiro.

Rueda acerta na estratégia, elogia entrega dos jogadores e declara: "Fizemos uma partida histórica"

Alex Muralha, Vitor Hugo e Thiago na comemoração do Carioca (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)
Alex Muralha, Vitor Hugo e Thiago na comemoração do Carioca (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)

"Após ultimo o jogo começamos a pensar nisso. Teve a inscrição dele (César), vinha se destacando nos treinos. O professor falou comigo, fiquei caladinho. Respeito a opinião do treinador. Ele já tinha falado conosco, seguramos a informação. Mas o atleta já estava sabendo que as coisas estavam rumando para ele jogar", ​completou.

Ao final do rápido bate-papo, Vitor Hugo aproveitou para mostrar que está imune às constantes críticas da torcida do Flamengo. Para o profissional, a experiência no meio futebolístico é essencial para aprender a se blindar de possíveis ofensas.

"Ganhar é sempre bom e ter um atleta indo bem, melhor ainda. Eu procuro ver as coisas boas no Fla e na minha carreira, tenho 31 anos de carreira. Ano passado foi tudo maravilha, goleiro chegando na seleção. Esse ano tivemos alguns percalços, e se você não tem convicção de aguentar essas críticas, tem que pedir para sair. Eu estou aguentando, e vou até o final. Estou aqui apara ajudar, ninguém vive só de horas boas", concluiu.

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Sobre o autor
Bárbara Mendonça
Setorista e coordenadora do Flamengo. Redatora do rubro-negro carioca e do futebol inglês.