Nesta quinta-feira (30), o Flamengo se classificou de forma heróica para a final da Sul-Americana. O Rubro-Negro contou em diversos momentos com a sorte e a estrela de alguns jogadores, como a do goleiro César. Com a vaga em aberto poucos dias antes da decisão, após Muralha ser contestado e Diego Alves fraturar a clavícula, o técnico Reinaldo Rueda escalou o então quarto goleiro, que brilhou na partida.

"Muito contente. Porque o César é um goleiro do Flamengo, formado no Flamengo, que estava esperando, com muito profissionalismo. Era o quarto goleiro do Flamengo, mas tivemos a situação do Diego, do Thiago. Tínhamos de esperar para tomar a decisão. Respondeu com atitude e bom comportamento. É muito equilibrado e muito bem estruturado", disse o colombiano.

Outros dois destaques da partida foram Juan e Diego. O zagueiro, que aos 38 anos comanda a zaga rubro-negra; o meia, por sua vez, é uma das referências técnicas no clube carioca. Durante a coletiva, Rueda exaltou os dois jogadores e citou a troca de experiência com os mais jovens do elenco.

"São dois líderes importantíssimos. Jogaram pela Seleção. Têm um profissionalismo. São muito profissionais. Toda a experiência que se transmite para os jovens como Paquetá e Vizeu. Isso é determinante. Essa mistura. É importante ter jogadores experientes", falou Rueda.

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Destaque da partida, César não atuava há dois anos em jogos oficiais (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)

Jogando no contra-ataque desde o começo do jogo, a estratégia utilizada por Rueda surtiu efeito, já que o Junior Barranquilla precisava ir para cima para tentar reverter o jogo da ida. No fim da partida, jogadores como César e Lucas Paquetá estavam extenuados em campo.

"Os jogadores fizeram um esforço intenso. A umidade daqui é intensa. O trâmite é difícil, mas todo mundo terminou muito bem. Não tiveram nenhuma contratura. A ideia era manter a equipe o máximo que eu podia. Mudar a equipe nos últimos minutos é um erro grandíssimo, mas o erro era grande. As entradas do Márcio e do Rodinei era evitar que entrassem pelos corredores", explicou o treinador.

O comandante ainda falou sobre o jogo em si e a equipe dos Tiburones. Forte nas triangulações pelo lado direito e muito dependentes de Yimmi Chará, a equipe colombiana passou perto da meta de César por várias vezes. No fim, prevaleceu a estratégia montada pelo treinador rubro-negro.

"O Junior fez um bom jogo. O importante era termos a posse de bola, porque essa é a arma do Junior. Queríamos controlar a proposta do Junior. Sabíamos que Chará era uma válvula para eles. Tenho de valorizar o Fla pela entrega. Fizemos uma partida histórica para estar nessa final", comentou Rueda.