Nada como um bom maestro para reger seu grupo. No caso do futebol, um dos protagonistas pela levada do Vasco até a Libertadores foi do experiente Nenê. O jogador foi, a todo momento peça-chave nos momentos do time cruzmaltino. Tanto nos bons como maus momentos. No início do ano, quase saiu do clube, brigou com o antigo treinador, Milton Mendes, falou que teria proposta para sair, chegou a ter prazo para apresentá-la ao presidente, Eurico Miranda, o que não foi feito. O treinador mudou, Zé Ricardo chegou, o cenário se transformou e o ídolo ficou. Vasco pode dizer à todos: Libertadores, aqui estou.

Foi na última rodada do Campeonato Brasileiro que todo o planejamento foi concluído com sucesso. A partida foi contra a já rebaixada Ponte Preta, neste domingo(3) em São Januário. Estádio lotado, vascaínos ansiosos e, ao mesmo tempo, querendo ver a orquestra, regenciada pelo seu craque. E a história foi contada da melhor forma. O Vasco da Gama está de volta ao torneio em que já venceu em duas oportunidades (1948 e 1998). Sobre a conquista, muito comemorada por jogadores e torcedores, Nenê falou, muito emocionado, dos percausos durante a temporada e da classificação.

"É difícil falar agora. O importante é que a gente conseguiu o nosso objetivo, o que muitos não esperavam. De tantos problemas que nós tivemos, durante o ano, realmente é muito gratificante ver a alegria de todo mundo. Deles, nossa, das nossas famílias que sofreram com a gente em grande parte do ano, então estou realmente feliz com essa classificação, vamos comemorar e depois a gente pensa no resto", disse Nenê.

O clube ainda aguarda a final da Sul-Americana para definir seu posicionamento no torneio continental. Se o arquirrival, Flamengo, vencer a competição, o expresso da vitória passa, automaticamente, para a fase de grupos da Libertadores. Caso contrário, se mantém o resultado atual. A verdade é que, independente da situação, o Vasco da gama está onde quase ninguém acreditava.