Simone Biles e as americanas viveram um verdadeiro drama na manhã desta terça-feira (27) no Centro de Ginástica Ariake. Na final por equipes da Ginástica Artística feminina, a estrela cometeu um erro grave no salto - primeiro aparelho da final - e foi substituída para os outros aparelhos.
Na reserva, ela viu suas companheiras serem superadas pelo Comitê Olímpico Russo, acabando com dez anos de hegemonia, e acabaram com a prata. Além das russas e americanas, a Grã-Bretanha fechou o pódio.
It’s a #gold medal for #ROC in the women’s #artisticgymnastics team final!#StrongerTogether | #Tokyo2020 | @gymnastics pic.twitter.com/kpYhFbCvjy
— Olympics (@Olympics) July 27, 2021
O erro de Biles
Simone foi a última americana a se apresentar no salto, um de seus aparelhos mais forte. Após anunciar que faria um Amanar (Yurchenko com dupla pirueta e meia), que tem grande dificuldade (5,8 pontos) - apesar de não ser seu salto mais forte - ela acabou apresentando um salto com uma pirueta a menos, bem mais simples (5,0 de dificuldade). Quando isso acontece, a ginasta é julgada pelo que apresenta, não pelo que anunciou. O erro no ar fez com que a aterrisagem também não fosse cravada e Biles ganhou um 13,766, nota bem abaixo do que geralmente consegue.
Após o erro no salto, a ginasta foi direto para a reserva da seleção americana. Segundo a Federação de Ginástica dos Estados Unidos, Simone foi retirada por motivos médicos e será avaliada diariamente até os dias de finais individuais.
A quebra de uma hegemonia
Na ginástica artística feminina, os Estados Unidos não ficavam sem o ouro em Olimpíadas ou Mundiais desde 2010, quando ficaram com a prata no Mundial de Roterdã e as russas ganharam. Dessa vez em Tóquio, Angelina Melnikova, Viktoriia Listunova, Vladislava Urazova e Liliia Akhaimova somaram 169,528 pontos, quase cinco a mais que Biles, Sunisa Lee, Jordan Chiles e Grace McCallum.
Esta é a primeira vez que ateltas do Rússia ganham a disputa na ginástica feminina, já que quando ganhou pela última vez nos Jogos Olímpicos de Barcelona em 1982, ainda competiam como União Soviética. Porém, o ouro fica oficialmente para o Comitê Olímpico Russo já que o país foi banido das Olimpíadas por conta do esquema de doping.
