Lewis Hamilton e Max Verstappen proporcionaram uma das melhores corridas da temporada até agora. Não que isso signifique muito no contexto de 2019. Mas estamos falando de Mônaco, um circuito conhecido por hospedar provas mais monótonas.

A razão da emoção foi a escolha de pneus por parte da Mercedes, que colocou os médios no carro de Hamilton, logo no começo da corrida. Enquanto isso, Verstappen, Vettel e até Bottas decidiam pelos duros, bem mais resistentes.

Para completar o contexto, Verstappen teria que pagar uma punição de cinco segundos. Nos boxes, Ele foi liberado pela Red Bull logo quando Bottas passava, ganhando a posição. Na opinião da direção de prova, de forma perigosa. 

Nas primeiras voltas, era válido pensar que  o único responsável por dar emoção a essa corrida seria Charles Leclerc. Largando de 15º, o  piloto da casa começou a ganhar posições, como podia. Na segunda volta, ele vinha na P13. Depois, passou Grosjean em uma arriscada manobra na La Rascasse. Na próxima volta, o adversário era Hulkenberg. Leclerc tentou novamente, na mesma curva, mas dessa vez sem sucesso. Perdeu o controle do carro e caiu para 13º de novo.

Logo, era possível notar que o piloto da Ferrari sofria para guiar o carro. Já no segundo setor do circuito  seu pneu traseiro direito estourou. Com dificuldades, conseguiu levar o carro com segurança para os boxes, voltando em último. Contudo, detritos ficaram na pista, o que trouxe o Safety Car.

Nesse momento os líderes fizeram suas paradas. Foi quando ocorreu o incidente de Verstappen e Bottas, que resultou na subida do holandês para a segunda posição. Algumas voltas depois isso entrou em investigação. Além dos quatro ponteiros, mais cinco pilotos pararam. Com essa recolocação, Gasly (que havia perdido posições) relargou em 5º, Sainz em 6º e Ricciardo (que estava andando na frente até então) em 13º.

Novo acidente após bandeira amarela

Pouco tempo depois da saída do Safety Car, mais um incidente. Giovinazzi foi otimista e tentou ultrapassar Kubica na Rascasse. O bico da Sauber tocou com a traseira da Williams, e o polonês rodou. Como era óbvio, formou-se um "engarrafamento". Mais tarde, Giovinazzi foi punido com dez segundos. 

Depois da resolução desse incidente, Leclerc parou novamente, na volta 17. Ele começou a reportar para a equipe que o carro estava difícil de guiar. Com uma boa diferença para o penúltimo colocado, o monegasco voltou para os boxes a abandonou a prova. Foi o segundo abandono dele seguido em casa.

Quase, Verstappen!

Sem Leclerc, o foco recaiu sobre a disputa na ponta. A punição de cinco segundos para Verstappen foi informada. Enquanto isso, Hamilton começava a mostrar preocupação com a durabilidade dos seus pneus. Ele reclamou sobre isso com a equipe durante a prova inteira, chegando até a ficar irritado. Para evitar uma degradação maior, Hamilton diminuiu o ritmo, se aproveitando da dificuldade de se ultrapassar em Mônaco.

Dessa forma, Verstappen estava bem mais rápido que o primeiro colocado. Se ele conseguisse ultrapassar, seja na pista ou com uma parada de Hamilton, teria que ganhar cinco segundos de vantagem. Portanto, as grandes questões da prova eram se Hamilton conseguiria levar o carro até o final; e se Verstappen tentaria uma manobra. Logo atrás, Vettel e Bottas também tinham chances, caso acontecesse algo com os dois. Os quatro ficaram muito próximos até o final.

Na volta 67, Gasly parou para colocar os macios, e tentar o ponto extra pela melhor volta. Enquanto isso, o tempo de Verstappen estava acabando, e Hamilton com certeza não pararia mais. Até que na penúltima volta, na chicane depois do túnel, Verstappen deu sua última cartada. Mergulhou sobre o carro de Hamilton, o que resultou em um toque entre os dois. Mas o inglês conseguiu continuar na frente, até ganhando alguma vantagem.

Assim, o atual campeão precisou apenas de completar mais uma volta para vencer o GP de Mônaco. Vettel e Bottas o acompanharam ao pódio, já que com a punição Verstappen ficou com a P4.