A próxima parada da temporada da Fórmula 1 é no circuito Hermanos Rodríguez na capital mexicana. Após o turbulento GP do Japão, onde o fim de semana foi atrapalhado devido ao tufão Hagibis, a categoria desembarca na América com a possibilidade de Lewis Hamilton ser campeão pela sexta vez caso consiga 14 pontos a mais que Valtteri Bottas.
Para isso, o piloto britânico da Mercedes terá que quebrar o domínio de Max Verstappen no circuito. O piloto da Red Bull conquistou a vitória em 2017 e 2018 e poderá igualar um conterrâneo de Hamilton, Jim Clark, como maior vencedor do Grande Prêmio do México, quando o circuito nem tinha esse nome atual.
Magdalen Mixhuca
Nem sempre o circuito Hermanos Rodríguez teve esse nome, como nem sempre o GP foi recorrente na história da categoria. A primeira corrida lá, nem fazia parte do campeonato mundial, ocorreu em 1962 no circuito Magdalena Mixhuca, nome do parque público onde está situado o circuito, com vitória dividida entre Jim Clark e Trevor Taylor, ambos da equipe Lotus-Climax.
No ano seguinte, em 1963, a corrida aí sim valeu para o campeonato da época, e Jim Clark voltou a vencer com sua Lotus. O piloto britânico ainda conquistaria a vitória mais uma vez, em 1967, pela Lotus equipada com motor Ford. Dan Gurney, Richie Ginther, John Surtees, Graham Hill, Denny Hulme e Jacky Ickx venceram pelo menos uma vez com esse nome no circuito.
Hermanos Rodríguez
Após o GP do México em 1970, a Fórmula 1 não retornaria para o país na década de 70, devido a superlotação dos espectadores, retornando somente em 1986 já com o atual nome do circuito, em homenagens aos irmãos Ricardo e Pedro Rodríguez, pilotos que morreram em pista, sendo Ricardo falecido em acidente no circuito que leva seu sobrenome atualmente em 1962, Pedro falecera em 1971 em uma disputa de carros esportivos em Nuremberg, Alemanha.
Nesse retorno após 17 anos, quem dominaram o circuito até sua nova pausa, se podemos dizer assim, foram Alain Prost e Nigel Mansell. O piloto francês tetracampeão da categoria venceu em 1988 com uma McLaren-Honda e dois anos depois, defendendo a Ferrari; enquanto o Mansell venceu em 1987 e 1994, as duas pela Williams.
Além de Prost e Mansell, o circuito teve as vitórias de Gerhard Berger, Riccardo Patrese e do brasileiro Ayrton Senna. A vitória de Senna em 1989 pela McLaren-Honda foi até hoje, a única vitória brasileira no circuito que passou 13 anos longe da categoria, retornando somente em 2015 com vitória de Nico Rosberg. Após esse retorno, o circuito teve também a vitória de Lewis Hamilton em 2016 e as duas citadas no ínicio, de Max Verstappen.
O circuito
O GP do próximo fim de semana será o 21º da história desse circuito de 4,304 km, além de Jim Clark como maior vencedor, a equipe Lótus é a maior vencedora em equipes, com quatro triunfos, McLaren e Williams vem logo atrás com três. Entre fabricantes de motor, melhor para a Honda com quatro vitórias.
2018 | Max Verstappen | Red Bull-TAG Heuer |
2017 | Max Verstappen | Red Bull-TAG Heuer |
2016 | Lewis Hamilton | Mercedes |
2015 | Nico Rosberg | Mercedes |
1992 | Nigel Mansell | Williams-Renault |
1991 | Riccardo Patrese | Williams-Renault |
1990 | Alain Prost | Ferrari |
1989 | Ayrton Senna | McLaren-Honda |
1988 | Alain Prost | McLaren-Honda |
1987 | Nigel Mansell | Williams-Honda |
1986 | Gerhard Berger | Benetton-BMW |
1970 | Jacky Ickx | Ferrari |
1969 | Danny Hulme | McLaren-Ford |
1968 | Graham Hill | Lotus-Ford |
1967 | Jim Clark | Lotus-Ford |
1966 | John Surtees | Cooper-Maserati |
1965 | Richie Ginther | Honda |
1964 | Dan Gurney | Brabham-Climax |
1963 | Jim Clark | Lotus-Climax |
1962 | Jim Clark e Trevor Taylor | Lotus-Climax |