Acidentes fazem parte do automobilismo. Colisões graves, por vezes envolvendo grandes pilotos, também. E, por conta da gravidade de certas ocorrências, elas se tornam marcantes. Repórter que cobriu o automobilismo norte-americano na década de 1990, Luiz Carlos Azenha lembrou de três graves entreveros na Championship Auto Racing Teams (CART, chamada no Brasil de Fórmula Mundial), em entrevista ao programa "Cadeira Cativa", do portal Grande Prêmio.

A primeira rememorada foi a de Nelson Piquet, que se acidentou em um treino para a Indianapolis 500 de 1992. "Ele chegou, estava meio desconfiado. Tinha feito um desafio, tinha dito que correr em Indianapolis era um autorama. Os repórteres locais também olhavam meio assim pro Piquet. Ele me deu uma entrevista, foi super gentil, mas senti ele desconfortável", lembrou.

Outro grande piloto brasileiro que se acidentou com gravidade foi Emerson Fittipaldi. Azenha relembrou que, naquela tarde, não foi apenas repórter. "A pior mesmo foi a do Emerson em Michigan. Aquele foi realmente terrível. O hospital era próximo, e o rádio da transmissão pegava lá. Já tinha uma relação de amizade com a família Fittipaldi e eu passava as informações enquanto ia consolando. O Emerson foi transferido para Miami, acompanhei toda a recuperação, que durou cerca de um mês, fiz a primeira entrevista dele no quarto", declarou.

Nem um dos dois acidentes citados, porém, foi fatal. O último a ser relembrado, entretanto, teve um trágico. Trata-se da batida que vitimou Jeff Krosnoff, na Molson Indy 1996. "Foi muito chocante. Cheguei com muita rapidez no local do acidente. Deu pra ver naquele momento do acidente, em Toronto, que ele tinha morrido na hora. O Stefan Johansson tá atrás dele, dá um toquinho, ele decola, o pneu dianteiro direito mata um bandeirinha e ele bate de cabeça em uma árvore", finalizou.