A década de 1990 foi a mais pródiga quando trata-se de transmissão de corridas no Brasil. Além da Fórmula 1, o automobilismo americano também ganhou destaque com a Championship Auto Racing Teams (CART), aqui conhecida como Fórmula Mundial - e, em 1996, desmembrada, também, na Fórmula Indy.

Um dos primeiros nomes envolvidos nas transmissões da categoria foi Luiz Carlos Azenha. Em live no programa "Cadeira Cativa", do portal Grande Prêmio, o repórter relembrou histórias daquele período.

Um dos casos lembrados foi a de Edgard Mello Filho. Contratado como comentarista da categoria pela Rede Manchete, ele cometeu uma gafe e teve vida curta nas transmissões. "Ele ficou só uma corrida. Na transmissão, ele se referiu ao Paul Tracy como 'esse louco babão'. O Emerson Fittipaldi teve um retorno da transmissão e ele durou uma corrida", riu, relembrando que o bicampeão da F1 tinha os direitos de transmissão e repassava para as emissoras interessadas.

Quem também foi lembrado por Roberto Cabrini. O repórter estava na equipe de transmissão da IndyCar Rio 400, primeira corrida da CART no Brasil, em 1996. Até aí, tudo. Uma ideia dele, porém, colocou o restante da equipe em apuros.

"Ele falou que iria fazer uma reportagem com um pobre assistindo a corrida por um buraquinho nas paredes. E ele aproveitou para fazer essa pessoa encontrar o Emerson Fittipaldi. Foi um sucesso a reportagem. No domingo, quando o circo estava sendo desmontado, aparece aquela pessoa pedindo para buscar o aparelho de televisão. Nós não entendemos nada. A gente não sabe o que aconteceu de verdade, mas achamos que o Cabrini prometeu um aparelho pra ele. E, aí, uma pessoa da equipe deu um monitor para aquela pessoa", relembrou Azenha.